Por Elaine Santos Em Social

Artista joseense tem obras expostas no Museu de Arte Sacra de São Paulo

Luiz Bhittencourt terá 25 telas catalogadas, uma delas veio do Museu do Vaticano, em Roma

 Luiz Bhittencourt 
O Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS/SP), instituição da Secretaria da Cultura do Estado, recebe, de 24 de março a 6 de maio, a mostra “A Última Ceia”, do artista plástico joseense Luiz Bhittencourt. Com curadoria de Jorge Brandão, além de telas inéditas produzidas pelo artista, estarão em exibição também peças que foram emprestadas por colecionadores ao MAS/SP.

Tomando como ponto de partida a última ceia de Jesus com seus apóstolos antes de ser preso e crucificado, a mostra apresenta inúmeras facetas de personagens diversos e, por meio dos traços característicos de Luiz Bhittencourt, traduz todo simbolismo metafísico envolvido nesta cena bíblica.

"Desde dezembro estou trabalhando junto ao Museu. Foram várias reuniões e sabatinas com curadores e em janeiro foi aprovada minha exposição individual com a série ‘Consagrados’ de Santas Ceias. De início estava na agenda para agosto ou setembro de 2018, há poucas semanas eles me ligaram antecipando para março”, conta o artista.

José Carlos Marçal de Barros, diretor geral do Museu intitulou a exposição do artista joseense como ‘A Última Ceia’. A exposição não terá obras para venda, todas são emprestadas especialmente para o Museu. Mas nada impede que interessados encomendem novas telas ao artista.

De caráter essencialmente expressionista, o trabalho de Luiz Bhittencourt se apropria de formas cubistas e geométricas, dando origem a elementos figurativos e composições em traços fortes. Entre os anos de 2006 e 2011, Bhittencourt se viu entre a produção artística e a tomada de um importante passo em sua vida pessoal. Neste período, ingressou na Ordem de São Bento e se dedicou à vida de monge beneditino, sem, no entanto, se abdicar da arte.

Confira galeria de fotos com as obras do artista


"Essas são obras do final de uma fase de sua vida em que, ainda como postulante a ser ordenado monge no Mosteiro de São Bento, tentava definir seu melhor caminho para 'falar' de Deus, como religioso ou como artista plástico. Tendo vencido o caminho de artista, Bhittencourt segue produzindo uma obra que obriga o visitante a encarar suas próprias dúvidas”, diz José Carlos Marçal de Barros, diretor executivo do MAS/SP.

Na exposição obras em óleo sobre tela, acrílico sobre tela, estudos rascunhos e desenhos em vários materiais. A obras foram catalogadas pela equipe de arquivo do Museu que exibirá um catálogo oficial da exposição aos visitantes.

“É uma fase muito importante de minha carreira por ser um Museu dos mais importantes do país e com um acervo de obras sacras reconhecidas internacionalmente. Também por ser considerado um Museu muito rígido na escolha de artista para receber uma exposição individual”, comenta Bhittencourt.

A série ‘Consagrados’ tem alto valor de mercado. Entre as telas está uma obra emprestada pela curadoria do Museu do Vaticano, em Roma. “Descobri que tinha uma tela no Museu do Vaticano, depois de iniciado estudo de minhas telas pelos curadores aqui de São Paulo. Não sabia, não imaginava, fiquei muito feliz com a revelação”, conta.

No total serão 25 obras em exposição que tem sua inauguração dia 24 de março, sábado às 11h, e segue até 6 de maio. Nesse período o artista terá momentos de interação com o público pintando uma obra ao vivo. Na abertura do evento estarão presentes críticos de arte, bispos e cardeais, políticos e diplomatas.


Para os clientes, que emprestaram as telas além de prestígio, valor agregado. Após exposição as obras ganham maior valor de mercado por entrarem em uma exposição dentro de um Museu de nível internacional e por estarem no catálogo oficial do MAS\SP.

“Posso dizer que esse é o melhor momento de minha carreira como artista plástico. É o reconhecimento quase que simultâneo por dois Museus muito importantes internacionalmente. O Museu do Vaticano que solicitou uma obra minha de ‘Santa Ceia’. Esta tela estava na embaixada da Santa Sé, em Brasília (DF) e o reconhecimento aqui no Brasil de minha arte pelo Museu de Arte Sacra de São Paulo reconhecido internacionalmente pelo seu acervo”, finaliza.

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