A pesquisa “Percepção Pública da C&T no Brasil – 2019” desenvolvida pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos) apontam boas impressões da sociedade em relação a ciência. Cerca de 73% dos entrevistados acham que a Ciência & Tecnologia trazem só benefícios ou mais benefícios que malefícios para a sociedade. A confiança também é alta, 34% apontam os cientistas como fonte de MAIOR confiança.
Mesmo com os dados positivos, há uma impressão de distanciamento entre a grande massa e a produção científica. De modo geral, o interesse dos brasileiros por lugares ou eventos em espaços de C&T caiu bruscamente em 2019. Em 2015, cerca de 40% da população havia visitado o zoológico, parque ambiental ou jardim botânico dentro de um ano – em 2019 esse número caiu para 25%. Quando se trata de museus de ciência e tecnologia a situação é ainda mais crítica, apenas 5% dos entrevistados afirmaram que visitaram locais como esses nos 12 meses.
Para Antônio Fernando Bertachini, coordenador da pós-graduação do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com o corte de verba na ciência, o número de profissionais diminui e, inevitavelmente, o potencial de divulgação também cai. Para o professor, mesmo com as dificuldades, a divulgação científica é essencial.
“Cada vez que você perde uma bolsa, é uma pessoa a menos que trabalha na ciência, é um pesquisador que você deixa de formar no futuro. [...] A ciência deve ter um pouco mais de explicação, nesse ponto não estamos muito desenvolvidos, precisamos melhorar. A Nasa tem muitos programas de visitas de escolas. Precisamos sim ter um esforço maior de divulgação”, explica.
Para o professor, existem várias maneiras de aproximar o brasileiro da ciência. A primeira delas seria a maior divulgação das pesquisas nos meios de comunicação, afim de despertar a curiosidade das pessoas. A segunda seria levar as pessoas para dentro dos institutos de pesquisa e as pesquisas para a sociedade.
“Existem várias revistas de divulgação científica, mas nós podemos também dar palestras em escolas. No passado, a Associação Aeroespacial Brasileira deu muitas palestras nas cidades, principalmente em escolas de primeiro e segundo grau”, comenta Antônio.
A professora Sandra Maria Fonseca da Costa, geógrafa com doutorado em Engenharia de Transportes pela USP (Universidade de São Paulo), pró-Reitora de Pesquisa da Univap, acredita que o Governo pecou em não popularizar a ciência. Para ela, um país não consegue crescer se não valorizar o conhecimento. “Um país que não valoriza o seu conhecimento é um país que tende amorrer. [...] Eu não acho que o cientista se afastou da sociedade, acho que o país pecou em não popularizar a ciência – o que nós buscamos fazer aqui na Univap com o observatório, por exemplo”, afirma Sandra.
O observatório da Univap fica aberto à comunidade todas as quartas-feiras no período da noite dos meses letivos. Qualquer pessoa pode visitar o local e observar a lua, estrelas e planetas nos telescópios da universidade. Com o auxílio de um adaptador fabricado a partir de uma impressora 3D na própria Univap, o Meon conseguiu fazer imagens incríveis da lua. O equipamento possibilitou que o fotógrafo Pedro Ivo Prates acoplasse a câmera fotográfica no telescópio. Confira abaixo.
Lua vista do Obsevatório da UnivapmaisLua vista do Obsevatório da Univapmenos Lua vista do Obsevatório da UnivapmaisLua vista do Obsevatório da Univapmenos Lua vista do Obsevatório da UnivapmaisLua vista do Obsevatório da Univapmenos Lua vista do Obsevatório da UnivapmaisLua vista do Obsevatório da Univapmenos Lua vista do Obsevatório da UnivapmaisLua vista do Obsevatório da Univapmenos
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- Foto: Pedro Ivo Prates
- Foto: Pedro Ivo Prates
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