A classificação às semifinais do Paulistão é o assunto da Parte 9 do Especial Meon, destacando a vitoriosa temporada do São José em 1989. No triangular que valia a vaga, a decisão ficou para a última partida, em São Paulo.
A segunda fase do campeonato tinha os 12 classificados da primeira. Eram quatro grupos de três times e cada grupo valia uma vaga nas semifinais. Pelo triangular do Grupo C, quatro das seis partidas já tinham sido disputadas: Portuguesa 3 x 1 União São João, São José 2 x 1 Portuguesa. União São João 1 x 0 São José e União São João 1 x 2 Portuguesa.
Na quinta, o São José recebeu o União São João no dia 15 de junho, uma quinta-feira e os dois estavam em condições diferentes. O time joseense, com dois pontos, precisava vencer para ter a chance de uma decisão com a líder Portuguesa, de quatro pontos. O time de Araras, com dois pontos, também precisava da vitória para manter as esperanças no segundo critério de desempate, o saldo de gols. O primeiro era o número de vitórias e o terceiro, a melhor campanha geral.
Com 7.951 pagantes no Martins Pereira, o São José foi abrir o placar somente aos 16 minutos do segundo tempo, quando pressionou em um ataque e o zagueiro Beto acabou fazendo gol contra.
Em desvantagem e necessitando de uma virada, o União São João foi à frente e o São José, explorando os contragolpes, ampliou com o atacante Donizete, aos 24 minutos.
O conforto de um placar de 2 a 0 levou o São José a tomar um gol do lateral-esquerdo Jacenir, aos 27 minutos e ter a certeza de vitória somente quando o atacante Toni fez 3 a 1, aos 41.
O São José, do técnico Ademir Mello: Luiz Henrique; Marquinhos Capixaba, Eugênio, André Luís e Joãozinho; Delacir, Henrique (Tita) e Vander Luiz; Donizete, Toni e Marcinho. Permaneceram na reserva: Pedro Paulo, Marcelo, Bira e Tonho.
O União São João, do técnico Zé Duarte: Privatti; Paulo, Djalma, Beto e Jacenir; Odair, Zó e Glauco; Celso Luís, Zé Eduardo (Edinho) e Zimmerman (Daniel).
O árbitro foi Dulcídio Wanderley Boschilia, com os assistentes Luís Alfredo Bianchi e Maurício Oscar Franco Marques.
No Pacaembu
A decisão da vaga na semifinal ficou mesmo para a sexta e última partida do triangular. No dia 18 de junho, um domingo, às 16h, o São José foi visitar a Portuguesa e possuindo a vantagem do empate por conta de melhor campanha.
A Lusa levou a partida do Canindé para o Pacaembu, acreditando que atrairia um público maior. A torcida joseense compareceu em bom número, ficou no setor conhecido como tobogã e o público pagante total foi de 10.726.
Competitivo, o São José atuou com determinação e, valorizando a posse de bola, não deixou a Portuguesa criar e sustentar um volume de jogo ofensivo. As oportunidades de gol foram raras para os dois lados. Nos minutos finais, quando a Lusa teve que jogar as últimas chances, o time joseense soube sustentar a pressão e manter o 0 a 0 no placar.
O São José, do técnico Ademir Mello: Luiz Henrique; Marquinhos Capixaba, Eugênio, André Luís e Joãozinho; Delacir, Tonho (Tita) e Vander Luiz; Donizete, Toni e Marcinho (Fabiano). Ficaram no banco: Pedro Paulo, Marcelo e Bira.
A Portuguesa, do técnico Jair Picerni: Sidmar; Chiquinho, Vladimir, Márcio Araújo e Célio Gaúcho; Henrique (Bentinho), Capitão e Toninho; Jorginho, Lê e Catatau (Wanks).
O árbitro foi Luiz Carlos Antunes, com os assistentes Marcos Fábio Spironelli e Eduardo Biolo.
As semifinais
Como primeiro colocado do Grupo C, o São José (eliminou Portuguesa e União São João) foi encaminhado para uma das semifinais contra o vencedor do Grupo A, o Corinthians (Santos e Mogi Mirim). Na outra semifinal, o vencedor do Grupo B, Bragantino (Palmeiras e Novorizontino) contra o do Grupo D, o São Paulo (Guarani e a Inter de Limeira).
Será um assunto da Parte 10 deste Especial. Até lá.
Parte do elenco joseense na foto oficial do campeonato
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