A inédita participação em uma final de Paulistão é o assunto da Parte 11 do Especial Meon, destacando a temporada do São José em 1989. A vitória sobre o Corinthians no segundo jogo das semifinais deixava o time confiante.
Por conta da melhor campanha, o São José novamente partia para um mata-mata com as vantagens do segundo jogo em casa e da igualdade na soma dos pontos das duas partidas e uma consequente prorrogação.
O jogo de ida foi realizado no dia 28 de junho, uma quarta-feira, às 21h30. No Morumbi, 50.366 torcedores pagantes viram um São José armado para valorizar a opção do empate fora de casa. Na metade do segundo tempo, um pênalti não marcado do lateral-direito Zé Teodoro no ponteiro-esquerdo Marcinho poderia ter proporcionado a abertura do placar, o que foi ocorrer quase no final, aos 41 minutos, mas por parte do time são-paulino.
Marcinho saiu contundido e quando o reserva Tonho ainda estava se ajeitando em campo, o lateral Zé Teodoro foi à frente e a trama rendeu um cruzamento por baixo. O zagueiro André Luís tentou cortar e acabou fazendo gol contra, definindo o resultado de 1 a 0.
O São José, do técnico Ademir Mello: Luiz Henrique; Marcelo, Juninho, André Luís e Joãozinho; Delacir, Tita (Henrique) e Vander Luiz; Donizete, Toni e Marcinho (Tonho). Permaneceram no banco: Pedro Paulo, Bira e Wilson.
O São Paulo, do técnico Carlos Alberto Silva: Gilmar; Zé Teodoro, Adilson, Ricardo Rocha e Nelsinho; Vizolli, Bobô e Raí; Mário Tilico, Mazinho Loyola (Paulo Cesar) e Edvaldo.
O árbitro foi Dulcídio Wanderley Boschilia, com os assistentes Edie Mauro Garcia Detófoli e Marcos Fabio Spinorelli.
O segundo jogo
Assim como outros times do interior que disputaram finais anteriores do Paulistão com as duas partidas no Morumbi, o São José não pôde receber o São Paulo no jogo de volta. Novamente no maior estádio Paulista, um extraordinário público pagante de 97.965 torcedores para uma finalíssima no dia 2 de julho, um domingo, às 17h.
Como os contra-ataques que exploravam a ótima fase do ponteiro Mário Tilico eram as melhores opções ofensivas do São Paulo, o São José optou por atuar sem deixar a defesa exposta. Com o 0 a 0 no placar, o time ficaria mais solto depois da metade do segundo tempo.
O contundido Marcinho desfalcou o São José e o meia Bobô, que era dúvida por contusão, foi substituído no São Paulo ainda no primeiro tempo, quando uma falta cobrada pelo centroavante Ney quase deixou os são-paulinos em vantagem.
No segundo tempo, aos 21 minutos, o técnico joseense Ademir Mello fez uma substituição ofensiva ao trocar o segundo volante Fabiano pelo centroavante Wilson. O garoto vinha fazendo gols no Campeonato de Aspirantes, mas ainda não havia estreado na equipe principal.
Minutos depois, na grande chance de gol do São José, o volante Delacir foi à frente, recebeu um passe da direita e, de perna esquerda, mandou um chute forte, pelo alto. O goleiro Gilmar reagiu tarde, a bola bateu no travessão e caiu onde Wilson chegava. O garoto quis dominar a bola antes de chutar e deu tempo para o lateral-esquerdo Nelsinho abafar a finalização.
O lance alertou o São Paulo que passou a proteger o suficiente 0 a 0. O São José tentou, mas não conseguiu uma outra boa oportunidade para vencer a partida e provocar uma prorrogação na qual teria a vantagem do empate.
O São José, do técnico Ademir Mello: Luiz Henrique; Marcelo, Juninho, André Luís e Joãozinho; Delacir, Fabiano (Wilson) e Vander Luiz; Donizete (Henrique), Toni e Tita. Permaneceram no banco: Pedro Paulo, Bira e Tonho.
O São Paulo, do técnico Carlos Alberto Silva: Gilmar; Zé Teodoro, Adilson, Ricardo Rocha e Nelsinho; Vizolli, Bobô (Benê) e Raí; Mário Tilico, Ney (Bernardo) e Edvaldo.
O árbitro foi José de Assis Aragão, com os assistentes Sérgio Fernandes do Prado e Daniel Fernandes.
Próximos desafios
A excelente campanha no Paulistão rendeu ao São José um roteiro de jogos na Espanha, na primeira excursão internacional do time. Depois, o Campeonato Brasileiro da Série B. São assuntos que virão na sequência deste Especial. Até lá.
Wilson corre para pegar a sobra de um chute de Delacir no travessão
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