Na Parte 10 do Especial Meon sobre a temporada do São José em 1989, destaque para as semifinais contra o Corinthians. A vitória no jogo de volta é considerada por muitos torcedores joseenses como a mais importante da história do time.
Com uma campanha geral melhor, o São José foi às semifinais com as vantagens do segundo jogo em casa e também da igualdade de pontos depois das duas partidas e uma consequente prorrogação.
O jogo de ida, no Morumbi, foi no dia 22 de junho, uma quarta-feira, às 21h. No estádio, 43.954 torcedores pagantes.
Atuando como local e querendo levar alguma vantagem para o jogo de volta, o Corinthians foi ao ataque, pressionou e abriu o marcador, aos 40 minutos. Após descida rápida com infiltração, chute e defesa parcial do goleiro Luiz Herique, o lateral-esquerdo Dida sobrou livre na área e foi preciso em um chute cruzado.
Como o saldo de gols não era critério para desempate, o São José voltou do intervalo tentando criar um volume de jogo ofensivo, mas não chegou a desestabilizar a defesa adversária. Explorando contragolpes, o Corinthians definiu a vitória ao fazer 2 a 0, aos 39 minutos. O ponta-esquerda Mauro foi ao fundo, cruzou para trás e o centroavante Cláudio Adão, chegando rápido na primeira trave, mandou um chute forte no ângulo direito.
O São José, do técnico Ademir Mello: Luiz Henrique; Marquinhos Capixaba, Eugênio, André Luís e Joãozinho; Delacir, Fabiano e Henrique (Tita); Donizete, Toni e Marcinho. Permaneceram no banco: Pedro Paulo, Marcelo, Bira e Tonho.
O Corinthians, do técnico Palhinha: Ronaldo; Wilson Mano, Marcelo, Dama e Dida; Márcio, Ribamar e Barbieri; Marcos Roberto (Dicão), Cláudio Adão (Viola) e Mauro.
O árbitro foi Dulcídio Wanderley Boschilia, com os assistentes Luís Alfredo Bianchi e Marcos Fábio Spironelli.
A volta
No jogo do Morumbi, o São José perdeu os dois zagueiros titulares para a partida de volta, porque Eugênio sofreu grave contusão no joelho e André Luís recebeu o terceiro cartão amarelo. Assim, Juninho Fonseca, que havia tido um problema de relacionamento com o técnico Ademir Mello, foi convencido a voltar e formar dupla de zaga com Bira.
Com 19.975 torcedores pagantes e mais 978 menores no estádio Martins Pereira, o jogo de volta foi no dia 25 de junho, um domingo, às 17h. E com pouco mais de 3 minutos de bola rolando, o São José abriu o placar. Marcinho levantou uma falta da ponta esquerda e o meia Tita, fechando rápido pela meia esquerda, mandou uma cabeçada forte e sem dar tempo de reação para o goleiro.
Outros gols poderiam ter surgido nos 87 minutos restantes e mais alguns dos acréscimos. O Corinthians reclamou pênalti não marcado em dois lances e o São José, em um. No final, a vitória por 1 a 0 levou a decisão da vaga para a prorrogação.
Mesmo com a vantagem do empate no tempo extra, por conta da melhor campanha, o São José não quis explorar o opção dos contragolpes. Aos 7 minutos, quando Vander Luiz cobrou uma falta buscando o ângulo direito, a bola voltou da trave e o artilheiro Toni aproveitou.
Necessitando de uma virada nos 23 minutos restantes, o Corinthians foi à frente, mas não superou a resistência joseense. E quando faltavam dois minutos para o apito final, o São José voltou a marcar com Marcinho escapando pela esquerda, chutando na trave direita e Toni conferindo mais um rebote.
O São José, do técnico Ademir Mello, jogou com: Luiz Henrique; Marquinhos Capixaba, Juninho, Bira e Joãozinho; Delacir, Tita (Tonho) e Vander Luiz; Donizete (Fabiano), Toni e Marcinho. Permaneceram no banco: Pedro Paulo, Marcelo e o centroavante Wilson, um garoto que vinha bem no time de aspirantes.
O Corinthians, do técnico Palhinha: Ronaldo; Wilson Mano, Marcelo, Dama e Dida; Márcio, Ribamar (Viola) e Gilberto Costa (Barbieri); Marcos Roberto, Cláudio Adão e Mauro.
O árbitro foi José Roberto Wright, com os assistentes Paulino Rodrigues de Castro Neto e Epitácio Pinheiro Rodrigues.
A decisão
Na outra semifinal, o São Paulo passou pelo Bragantino com duas vitórias. Em Bragança Paulista, fez 2 a 0 com Mário Tilico e Raí. Na volta, 1 a 0 no Morumbi, gol do centroavante Ney.
O São José, pela melhor campanha, foi ao mata-mata das finais com as mesmas vantagens das semifinais: o segundo jogo em casa e a igualdade na soma de pontos das duas partidas e uma prorrogação. Será o assunto da Parte 10. Até lá.
Tita comemora gol e Vander Luís e Joãozinho correm para os abraços
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