Antônio Leme, de Jacareí, foi ouro na bocha no Rio de Janeiro
Pedro Ivo Prates/Meon
A sexta-feira (22) é reservada para comemorar o dia do atleta paralímpico. A data é no mês em que se completam dos Jogos Paralímpicos, nos Rio de Janeiro. Na ocasião, quatro três atletas da região na competição. Eles foram tema da reportagem da Metrópole Magazine, em setembro.
Quem subiu ao lugar mais alto do pódio foi o Antônio Leme, o Tó, da bocha. O paratleta de Jacareí competiu ao lado de seu irmão, Fernando Leme. Eles conquistam o ouro na categoria BC3 misto, que tinha também Evelyn Oliveira e Evani da Silva. Foi a sexta medalha dourada do Brasil na modalidade na história dos Jogos.
Apesar de se já ter passado um ano, aquela noite de segunda-feira, 12 de setembro de 2016, parece ainda não ter acabado.
“Temos a sensação de que foi ontem mesmo. Até hoje sonhamos com aqueles momentos, nós olhamos para trás e vemos tudo o que foi feito. A gente até se pergunta: ‘Nossa, será que vivemos tudo isso mesmo? ’. Foi um feito muito grande. É um negócio muito louco”, comenta Leme.
O ouro veio em duelo tenso contra a Coreia do Sul na decisão na categoria de duplas mistas BC3. De lá para cá, algumas coisas mudaram na vida dos campeões paralímpicos. Agora, Tó defende o Sesi, de Suzano, que é um dos principais clubes da bocha no país. Mas o maior legado que fica vai muito além da medalha.
“Mudou bastante a nossa vida. A modalidade ganhou visibilidade, bastante gente passou a procurar informações sobre a bocha, querendo praticar e acredito que esse foi o maior ganho. Em um modo geral, passaram olhar com mais atenção. Perceberam que a luta deles é diária, como a de qualquer atleta”, comenta.
Fernando, que atuava como calheiro, que auxilia o jogador no arremesso, se aposentou por problemas de saúde e para ter mais tempo para se dedicar à família.
“Tive outros ganhos, fiquei ausente de casa por muito tempo. Mas sempre time uma equipe por trás me dando suporte, que é a minha família. Falo com tristeza, mas com alegria, por que agora consigo ficar mais tempos com a esposa e meus filhos. Acho difícil voltar”, relata.
E a medalha? Fernando garante que tem um lugar especial na sua casa: “Ela está bem guardada. Até hoje pedem para ver e tirar foto”, afirma.
Medalha conquistada por Tó foi a primeira do Brasil na modalidade
Pedro Ivo Prates/Meon
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