Por João Pedro Teles Em Regional

Nadadora juvenil de Cruzeiro desponta como fenômeno nacional

Victória Izidro já tem sete ouros brasileiros e aguarda disputa do Mundial

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Nadadora se inspira na brasileira recordista mundial Etiene Medeiros 

Arquivo Pessoal

Victória Eduarda Izidro de Moura. O nome desta jovem nadadora de Cruzeiro é extenso, mas é bom guardar porque ele certamente será bastante ouvido daqui a alguns anos.  As feições adolescentes da menina de apenas 13 anos escondem um fenômeno nacional nas piscinas.

A cruzeirense é a primeira do ranking nacional nas modalidades 100 e 200 metros costas e ainda nos 50 metros livre, das quais detém o recorde nacional em todas elas. Em 2014 foram sete medalhas de ouro, e outras três de prata, conquistadas nos dois campeonatos brasileiros do ano.

Os resultados fizeram com que a nadadora fosse apontada como uma das cinco melhores nadadoras juvenis de 2014 no país. Depois dos ótimos resultados, Victória agora aguarda uma convocação para a seleção brasileira que vai disputar o Campeonato Mundial, que acontece no mês de março em Portugal.

Apesar de já ter todos os índices que a credenciam para estar na lista, a nadadora não quer comemorar antes do anúncio oficial.

“Está difícil de segurar a expectativa. Sei que tive um ano muito bom, mas a gente fica ansiosa até o resultado oficial sair. Representar o Brasil é meu sonho”, afirma.

Início
Apesar de ser natural de Cruzeiro, Victória treina no Itaguará, clube de Guaratinguetá, mas compete pelo Pinheiros de SãoPaulo. A natação entrou em sua vida assim como acontece com a maioria dos atletas: recomendação médica por problemas respiratórios.

Entretanto, bastou pouco tempo para que a nadadora descobrisse que a atividade não seria apenas uma terapia para respirar melhor. Foi em um torneio infantil que, com apenas 9 anos, Victória foi descoberta pelo treinador Digiorgio Faiz, seu parceiro até hoje.

“Não sei o que ele viu em mim. Eu era baixinha, gordinha e tinha ido para o torneio sem muitas chances de ganhar nada”, conta com bom humor.

Não demorou muito para que os resultados em torneios regionais começassem a aparecer. Mas os treinos aconteciam em Guaratinguetá e a rotina de viajar três vezes por semana desgastava demais a nadadora.

“Quando o técnico disse que eu precisava começar a trabalhar todos os dias da semana, meu pai decidiu que a família toda iria mudar para Guaratinguetá. Isso faz dois anos. Foi quando os resultados começaram a melhorar”, afirma.

Rotina
Desde então, Victória concilia uma rotina de atleta com a vida de estudante. A nadadora acorda todos os dias às 5h20 e, às 6h, já está na água para o primeiro treino do dia. O treinamento vai até às 7h40. E é preciso sair da água correndo para não perder a aula, que começa às 8h15.

“Vou tomando café no carro mesmo para não perder o horário na escola. Estudo até às 12h50. Depois disso vou pra casa, almoço e descanso um pouco. Às 15h30 tenho que estar no clube de novo para fazer preparação física até às 16h40”, conta.

E para quem pensa que acabou, às 18h começa o segundo treino do dia, que vai até às 19h30. A inspiração para tanto entusiasmo brasileiro vem de um sonho que a cruzeirense tem desde que começou a nadar.

“Quero ser a primeira mulher campeã olímpica da natação do Brasil. Estou trabalhando muito por esse objetivo e conto com todo o apoio da minha família e do meu técnico, que são as pessoas mais importantes para mim”, conclui.

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