Por Conteúdo Estadão Em Opinião

Com crise doméstica, dólar fecha a R$ 3,6636; alta é moderada por leilão

Pelo segundo dia seguido, o dólar à vista fechou em alta perante o real nesta sexta-feira, 25, em meio à crise doméstica, provocada pela paralisação dos caminhoneiros, e em linha ao comportamento da divisa e outros ativos no exterior. Na tarde desta sexta-feira, o dólar ficou ainda mais forte ante moedas desenvolvidas e algumas das principais pares da divisa brasileira e a desvalorização dos contratos futuros do petróleo ficou mais intensa.

Com a proximidade do fim de semana, a postura do investidor tornou-se, acima de tudo, cautelosa, segundo os agentes do mercado. A inabilidade do presidente Michel Temer em criar uma solução definitiva para a paralisação dos caminhoneiros ficou ainda mais evidente quando, em seu pronunciamento sobre a crise, o emedebista anunciou o uso das forças federais de segurança para desmobilizar os manifestantes. Para agentes do mercado, a decisão reflete o agravamento do quadro e aumenta o risco de tensão social. Para alguns governistas, foi uma deliberação precipitada.

Todo esse estresse social e também político refletiu apenas moderadamente no mercado de câmbio. Alguns profissionais nas mesas de câmbio afirmam, exatamente como outros fizeram ontem, que a moderação da alta é resultado da intervenção do Banco Central via swaps cambiais. "Swap está ajudando muito. Se não fosse a crise dos caminhoneiros, o BC já poderia ter parado com os leilões de 15 mil contratos", disse um operador.

O operador da Spinelli Corretora José Carlos Amado faz observação semelhante. Ele diz que, observando o forte avanço dos juros futuros na parte mais longa da curva, a cotação do dólar deveria estar mais alta. "Não está porque os swaps suavizam a depreciação do real", disse.

O dólar à vista encerrou em alta de 0,64% aos R$ 3,6636. Na máxima intraday, foi a R$ 3,6786. O giro financeiro foi de, aproximadamente, R$ 1,025 bilhão. Na semana, acumulou queda de 1,96%. Às 17h11, o contrato para junho do dólar subia 0,49% aos R$ 3,6645.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Conteúdo Estadão, em Opinião

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.