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Em sessão de volume fraco, juros futuros fecham perto dos ajustes anteriores

Os juros futuros fecharam a sessão regular desta quarta-feira, 18, perto da estabilidade, em mais um dia de volume de negócios abaixo do padrão. As taxas oscilaram próximas dos ajustes anteriores durante toda a quarta-feira, na ausência de um noticiário ou agenda capazes de definir uma tendência.

Os indicadores divulgados, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) de agosto e o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de outubro, foram apenas monitorados, assim como são moderadas as expectativas com relação à votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou estável ante o ajuste de terça, em 7,26%, e o DI para janeiro de 2020 passou de 8,21% para 8,20%. A taxa do DI para janeiro de 2021 terminou em 8,91%, de 8,93% no ajuste anterior, e a do DI janeiro de 2023 caiu de 9,62% para 9,60%.

"O mercado ficou bem parado, pois hoje não tivemos fato relevante para orientar os negócios. Pode haver uma pequena melhora a depender do placar da votação da CCJ", disse o diretor de Operações e economista-chefe do Banestes, Eduardo Velho.

Um placar mais elástico e favorável ao governo, na leitura do mercado, pode sinalizar mais apoio dos parlamentares à agenda de reformas no Congresso. "Os governistas esperam uma maioria de 44 votos contrários à denúncia", afirma relatório da LCA. O colegiado é formado por 66 parlamentares.

Após paralisação por cerca de 30 minutos, a sessão da CCJ foi retomada pouco depois das 16 horas para prosseguimento da análise do parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que é contrário à admissibilidade da denúncia.

Pouco antes da pausa, foram exibidos trechos dos vídeos da delação premiada do doleiro Lúcio Funaro, no qual fala do empenho de Temer para eleger Gabriel Chalita prefeito de São Paulo em 2012, do dinheiro enviado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e que o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) era visto como "banco dos políticos".

Na agenda, o IBC-Br cedeu 0,38% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, recuo maior que a mediana (-0,30%) das estimativas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Broadcast.

Já o IGP-10 avançou 0,49% em outubro, após o aumento de 0,39% registrado em setembro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado anunciado ficou dentro das projeções dos analistas, que esperavam um avanço de 0,30% a 0,79%, com mediana positiva de 0,50%.

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