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Kassab diz que entendimento com credores pode evitar intervenção na Oi

O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse hoje (19) que acredita na possibilidade de a Oi chegar a um entendimento com seus credores e evitar um processo de intervenção federal, mas, que sem novos recursos, a empresa dificilmente evitará a caducidade da concessão.

Em recuperação judicial, a Oi acumula dívidas de mais de R$ 63 bilhões. Segundo o ministro, é fundamental que a empresa consiga encontrar parceiros que garantam a injeção de recursos.

Brasília - O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, participa da cerimônia de abertura do Painel Telebrasil 2017 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, participa da abertura do Painel Telebrasil 2017 Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“O melhor caminho não é nem caducidade, nem intervenção. Mas é público que precisa haver recursos novos na empresa. E só vai ter esses recursos novos na medida em que tiver parceiros. Até porque, se não fizer isso, vai ter intervenção", disse Kassab pouco antes de participar da abertura do Painel Telebrasil 2017, que reúne as empresas do setor.

De acordo com Kassab, o governo descartou a possibilidade de negociar os cerca de R$ 13 bilhões que a Oi deve em multas à Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel). “As multas vão precisar ser pagas. Não tem como. Dá improbidade”, disse.

A situação da empresa vem sendo acompanhada pela Anatel, que em agosto estipulou um prazo para a operadora apresentar uma nova versão de seu plano de recuperação judicial.

O ministro disse ainda que confia em um entendimento entre os credores privados para a recuperação da empresa. “Com intervenção, quem tem controle hoje vai perder o controle. Então, é lógico que vai haver um entendimento e ela vai ter um parceiro o mais rápido possível. É uma questão de bom senso”, disse.

Para Kassab, caso a Oi não demonstre a capacidade de construir esse entendimento, o “gato começará a subir no telhado”.

“Não posso afirmar que não vai ter intervenção ou caducidade, porque se ela não fizer o dever de casa, vai ter. Tem que concluir a recuperação judicial. E concluir bem. Se não concluir, começa o gato a subir no telhado”, afirmou.

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