Educação da rede municipal alcança patamar dos melhores colégios do mundo. Escola na região sul apresenta indicadores educacionais semelhantes ao de instituições de ensino europeias
Alunos da escola Jacyra Vieira Baracho, no Jardim Veneza, região sul de São José, destacaram-se no Ideb
Cláudio Vieira/PMSJC
No Jardim Veneza, região sul de São José dos Campos, todas as ruas têm nome de cidade italiana. Bolonha, Nápoles, Gênova, Ravena. Mas é na Florença, 100, que fica uma escola que alcançou indicadores europeus de qualidade de ensino.
A Emef Jacyra Vieira Baracho conquistou notas de fazer inveja às melhores escolas do Velho Continente. Os alunos tiraram 8,1 (nos anos iniciais do ensino fundamental) e 7,1 (nos anos finais) na prova do Ideb (Índice Nacional de Educação Básica) de 2017. Nos dois níveis, a nota subiu 0,9 em relação à avaliação realizada em 2016.
As demais escolas da rede municipal também brilharam no Ideb. São José obteve o melhor resultado entre as 10 maiores cidades do Estado de São Paulo.
A cidade conseguiu a nota 7 nos anos iniciais e 5,8 nos anos finais do ensino fundamental, ficando à frente das cidades de Ribeirão Preto, São Bernardo do Campo, Campinas, Guarulhos, Sorocaba, Santo André, Osasco, São Paulo e Mauá e também acima da média geral do país, que foi de 5,8 (anos iniciais) e 4,7 (anos finais).
FUTURO
A façanha dos estudantes Jacyra Vieira Baracho merece ser comemorada. A meta do governo federal é atingir média 6 em todas as etapas até 2021. A nota colocaria o país no patamar educacional semelhante ao de países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Para chegar ao topo, a equipe de direção dá crédito ao bom relacionamento entreescola e comunidade, incentivo à leitura e baixa rotatividade de funcionários. Essa receita, aliás, é seguida em toda a rede municipal.Com esses fatores, aliados ao bom planejamento pedagógico, São José se aproxima dos níveis verificados em escolas europeias e abre larga vantagem do restante do país.
A divulgação do Ideb, no início de setembro, revelou que o Brasil não teve melhora significativa nos últimos dois anos. Em comparação à edição anterior, a aprendizagem no ensino fundamental quase não avançou: apenas 22% das cidades obtiveram a meta estabelecida para o nono ano.
Em vez da nota 5, em uma escala de 0 a 10, a média registrada foi de 4,7. Para chegar à nota, o Ministério da Educação calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e o desempenho na Prova Brasil.
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