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Ibovespa fecha em baixa de 0,24% com cenário externo e Bolsonaro

A volatilidade deu o tom dos negócios no mercado brasileiro de ações nesta quinta-feira, 7. Pela manhã, o índice chegou a subir mais de 1%, em uma correção à queda expressiva da véspera (-3,74%). Preocupações do cenário internacional, no entanto, impuseram novas perdas à tarde, com o índice alcançando também em torno de 1%. A notícia de que o presidente Jair Bolsonaro apresenta um quadro de pneumonia leve foi outro fator a favorecer as ordens de venda de ações.

Ao final dos negócios, o Ibovespa acabou distante de máximas e mínimas do dia, terminando o pregão aos 94.405,59 pontos, com baixa de 0,24%. Os negócios totalizaram R$ 17,1 bilhões.

O cenário externo foi influência negativa ao longo de todo o pregão, com quedas das bolsas da Europa e de Nova York, além das perdas nas commodities. No radar, ainda estiveram presentes as preocupações com a tensão comercial entre Estados Unidos e China e com o ritmo da economia global. Uma sensível piora ocorreu com a notícia não oficial de que Donald Trump avalia como "altamente improvável" uma reunião com o presidente da China, Xi Jinping, antes de 1º de março, quando termina a trégua bilateral no comércio.

Com a notícia, as bolsas de Nova York ampliaram as perdas e contaminaram os mercados emergentes. O Ibovespa chegou a perder pontualmente o patamar dos 94 mil pontos, registrando mínima de 93.507,18 pontos (-1,19%). Quando o índice voltava para a estabilidade, veio a notícia sobre o quadro de pneumonia de Jair Bolsonaro, conforme o boletim médico, confirmada pelo porta-voz do Planalto, Otávio Rêgo Barros.

Quase que simultaneamente, a agência de classificação de risco Standard & Poor's divulgava a decisão de manter o rating do Brasil em BB-, com perspectiva estável. A agência afirmou que o rating do Brasil pode ser elevado ao longo dos próximos dois anos, caso o avanço na política sugira uma reação mais rápida nas trajetórias fiscal e de crescimento do País do que o atualmente esperado.

Para Rafael Passos, da Guide Investimentos, a reação à notícia sobre Bolsonaro mostrou que o mercado está sensível a ruídos, minimizando o risco de problemas mais sérios com o presidente. No que diz respeito aos comentários da S&P, o analista afirma que a agência apenas tornou pública avaliação que o mercado já esperava.

Na análise por ações, o destaque do dia foram os papéis do setor financeiro. Líderes de liquidez, foram essas ações que acabaram por dar a direção do Ibovespa em diversos momentos, ora operando em alta, ora em baixa. No fechamento, estiveram quase todos em terreno positivo. Bradesco PN subiu 1,52% e Banco do Brasil ON avançou 0,66%, recuperando pequena parcela dos mais de 5% de perdas de quarta. As ações da Petrobras caíram 1,77% (ON) e 1,57% (PN), alinhadas à queda dos preços do petróleo no mercado internacional. Vale ON amargou perda de mais 2,05%.

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