Por Meon Em RMVale

Advogado Luís Flávio Gomes visita o Meon e fala sobre ética na política

Jurista está à frente de um movimento que busca renovação no quadro política atual

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A renovação na polícia nacional é um dos motivos que levou o jurista Luís Flávio Gomes a criar o Movimento "Quero um Brasil Ético". Aos 60 anos, o advogado é fundador da Rede LFG e esteve na tarde desta terça-feira na sede do Grupo Meon. Em visita à RMVale, Luís Flávio tem feito palestras para difundir o movimento político criado por ele. "Esta ação surgiu como um reflexo da indignação e do aumento da intolerância do brasileiro com a política", cita o professor.

Um dos objetivos do movimento, criado em julho do ano passado, é a reflexão sobre a ética na política. "Queremos o voto faxina em 2018. Tenho debatido sobre a necessidade de uma limpeza dos agentes políticos que são corruptos e a necessidade do surgimento de uma nova liderança. Somos um grupo suprapartidário e queremos um Brasil limpo de toda essa corrupção", disse Luís Flávio ao Meon. 

Para ele, seria preciso dois ciclos de governo para que esta limpeza fosse colocada em prática. "Estimo que a sociedade precise de 8 a 10 anos para limpar totalmente os currptos da política", completa.

Com anos de experiência da licenciatura do Direito, Luís Flávio busca a renovação de 70% do Congresso e critica a Reforma Política debatida na Câmara Federal. "É uma reforma parasitária. Ela é mais eleitoral do que política. Nosso movimento é contra o Fundo Partidário e totalmente contra o Distritão. Defendemos o voto distrital, pois isso aproxima o eleitor do político e diminui o gasto de campanha. O que temos hoje em Brasília é um jogo oportunista e que pouco pensa no Brasil. Com os R$ 3 bilhões do Fundo e o Distritão, a tendência é que os poderosos continuem no poder", afirma.

Hoje, o Brasil é governado como uma Máfia, onde há corrupção, intimidação e violência. Precisamos mudar esta maneira de fazer política"

Luís Flávio GomesAdvogado

Para que ocorra essa mudança defendida pelo movimento, o eleitor deveria considerar dois pontos: políticas públicas de combate à desigualdade e Educação em tempo integral para pessoas até 18 anos. "É preciso diminuir o Estado para que se tenha receita suficiente para investimentos. Para acabar com a corrupção é preciso duas frentes de trabalho: repressão e Educação", afirma.

Sobre a política econômica do presidente Michel Temer (PMDB), o advogado afirma que apesar da leve melhora do sistema financeiro, ele apoiaria a saída do atual chefe do Executivo.

"Mesmo com a melhora em alguns pontos, há roubo dentro do governo. Defendemos o que diz a Constituição. Se sair o Temer, que assuma o Rodrigo Maia (presidente da Câmara). Se tiver provas de roubo dele, que ele saia e entre o presidente do Senado. E assim por diante, até que a presidência do País fique em mãos limpas", diz.

Lava-Jato

Sobre a atuação do juiz Sérgio Moro, o advogado é enfático ao afirmar que houve erros na condução da Operação Lava-Jato. "O Moro violou o Estado Democrático de Direito. Fez vazamentos sem movitos como estratégia de apoio popular, pois sem este suporte da população a Lava-Jato iria acabar. Porém, isso não anula a importância do trabalho feito e a amplitude que é a recuperação de quase R$ 20 bilhões".

Eleição 2018

Com a agenda repleta de palestras e visitas em regiões diversas do Estado, a atuação do jurista se confunde com um movimento de pré-campanha, que ele não nega. "É parecido, mas meu trabalho é pela ética na política. Já tive convite do PV, Rede e PHS para ser candidato, mas não há definição. Posso contribuir com o Brasil, mas ser candidato é outra discussão. Agora, quero levar aos municípios este pensamento de renovação que devemos ter no país no próximo ano", diz Luís Flávio.

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Sobre o cenário presidencial, o jurista prevê que ocorra algo parecido com o que houve na eleição de 1989, onde vários nomes despontavam no debate.

"Diferente dos últimos anos, não teremos uma disputa bipolar, entre tucanos e petistas. Teremos a entrada da extrema-direita, que é uma tendência política mundial na atualidade, e da possível entrada de uma chapa com Joaquim Barbosa e Marina Silva. Será uma disputa muito interessante. Hoje, o Brasil é governado como uma Máfia, onde há corrupção, intimidação e violência. Precisamos mudar esta maneira de fazer política. Não adianta mudar de regime, como o parlamentarista, se o quadro político for o mesmo", finaliza.

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