Por Meon Em RMVale

Após um mês do lançamento, ‘Meu Pet Feliz’ tem credenciamento de apenas três empresas

Equipes de médicos veterinários realizam as castrações e microchipagens de cães e gatos em São José

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Serviço é realizado por médicos veterinários credenciados; até o momento apenas três empresas aderiram ao programa

Divulgação/PMSJC/Charles de Moura

Apenas três empresas se credenciaram para realizar 1.500 castrações e microchipagens em cães e gatos pelo Programa ‘Meu Pet Feliz’, em São José dos Campos. O programa realizou até o momento 260 procedimentos do tipo. A baixa adesão de interessados em oferecer o serviço pode ser causada pelo custo-benefício, que é desvantajoso aos veterinários.

O Programa foi lançado há um mês e faz parte de uma ‘mega’ campanha do governo Felício Ramuth (PSDB) para castração e cadastro dos animais. O valor total dessa primeira fase está orçado em R$ 209.160,00, de acordo com o edital publicado pela Prefeitura (clique aqui).

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A administração, contudo, não informa a quantia a ser paga aos profissionais que realizam as cirurgias. O Meon conversou com a médica veterinária Talita Maia, que é também proprietária de uma clínica particular para pets em São José, e que realiza ações sociais no município. Segundo Talita, programas como o ‘Meu Pet Feliz’ oferecem aos profissionais credenciados remunerações irreais, o que na opinião dela, é uma desvantagem.

“Para se ter uma ideia a castração de uma cadela custa, em média, R$ 700. Há 5 anos eu me credenciei em um programa desse tipo em São José e a Prefeitura pagava cerca de R$ 90 por procedimento. É um valor irreal, não é competitivo e por isso não chama a atenção dos profissionais. Além disso, você precisa realizar um número ‘x’ de cirurgias por dia e os tutores desses pacientes [cães e gatos] dificilmente voltarão para a clínica em busca de algum serviço particular. É muito comprometimento para pouco retorno”, expõe a médica veterinária especializada em oftalmologia.

A coordenadora do programa de bem-estar animal, Maria José Zarur, da Prefeitura joseense, não quis informar o valor pago aos credenciados. Zarur disse apenas que “os profissionais que oferecem o serviço estão exercendo a medicina veterinária, ou seja, atuando em suas áreas e são remunerados de acordo com o estabelecido”.

De acordo com o edital, as empresas credenciadas podem realizar as cirurgias diretamente no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) ou em suas clínicas. Para se credenciar, a empresa precisa anteder a uma série de critérios e exigências. O documento determina ainda, que o credenciado disponibilize 30 vagas semanais para a realização das cirurgias. A parceria entre as partes -Prefeitura e empresa- tem prazo de 12 meses.

Na quinta-feira (13), a Prefeitura divulgou que os tutores de pets marcam a castração e não comparecem à cirurgia. O número de faltosos já passa de 180 no primeiro mês da realização do programa.

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