O adolescente de 16 anos acusado de agredir o colega de classe dentro de uma escola estadual, na zona sul de São José dos Campos, no dia 8 de dezembro, foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude na tarde desta quinta-feira (14). O delegado da DIJU (Delegacia da Infância e Juventude), Neymar Camargo Mendes, informou ao Meon que o jovem teria dito que “perdeu a cabeça”.
De acordo com o delegado, em depoimento, o garoto teria declarado ter sido agredido anteriormente com uma caneta e que por isso “perdeu a cabeça” e agrediu o colega, como mostra o vídeo acima. Agora, o juiz da Vara da Infância e Juventude deve estabelecer ao jovem o cumprimento de uma medida socioeducativa, porém ainda sem data definida para apresentar a sentença.
Agresão
Um estudante de 18 anos, portador de Hemofilia A grave, doença caraterizada pela insuficiência de coagulantes no sangue, foi agredido por um colega de classe dentro da Escola Estadual Jardim República, na zona sul de São José dos Campos, na manhã da última sexta-feira (8). A denúncia foi feita pela mãe do jovem ao Meon.
O outro aluno, de 16 anos, que é da mesma sala, teria pego o material da vítima, que ele disse tê-lo ameaçado com uma caneta. Depois, no horário de saída, um segundo garoto, que filmou toda a agressão, teria dito à vítima que o primeiro queria conversar. O jovem foi ao encontro do colega que começou agredi-lo com socos e chutes na frente de outros adolescentes que estavam no local. Segundo a mãe do aluno, ele chegou em casa com sinais de agressão na região das mãos e testa.
De acordo com o relato da mãe, a família não sabia, mas o garoto vinha sofrendo bullying na escola e só na última sexta-feira, 8, quando foi agredido fisicamente, ele contou o que os colegas faziam. “Ele chegou em casa machucado e chorando e contou pra minha mãe que os meninos pegavam o material dele, jogavam e escondiam”, conta a mãe do garoto. Segundo ela, houve uma reunião entre as famílias dos alunos e a direção da escola, mas o caso teria sido negligenciado.
Ao Meon, o diretor da escola, Márcio Aurélio da Silva, informou que o caso foi encaminhado à Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
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