Dono de uma história surpreendente, o fundador e CEO da XP Investimentos, Guilherme Benchimol participou do evento 'W Investor Day', promovido pela W Flow nesta última quinta (15), em São José dos Campos.
O economista carioca, de 43 anos, que está na lista das cinquenta pessoas mais influentes do mundo pela revista Bloomberg, compartilhou um pouco da sua trajetória a frente da maior corretora de valores do Brasil.
Tudo começou em 2001, quando sentindo-se fracassado após ser demitido de uma corretora de Valores no Rio de Janeiro, ele decidiu mudar para Porto Alegre em busca de uma nova oportunidade.
Foi então, no sul do país, que o espírito empreendedor de Guilherme se fortaleceu ao perceber que um colega de trabalho, Marcelo Maisonnave, compartilhava do mesmo sonho de ter o próprio negócio.
Em 2002, com apenas 25 anos, Guilherme convenceu Marcelo a iniciar junto com ele a XP Investimentos com apenas 20 mil reais.
Logo de início passou por muitas dificuldades, chegando a vender o próprio carro para manter o sonho.
Sem condições de efetivar uma estagiária, que estava para se formar, Guilherme conta que chegou a oferecer sociedade de 10% do negócio para mantê-la na empresa.
"Ela aceitou a proposta de ser sócia de uma empresa que não tinha nada. Me disse mais tarde que eu a convenci quando afirmei que a XP ainda se tornaria a maior corretora do Brasil", contou.
Os meses seguintes continuaram difíceis, até que Guilherme e Marcelo decidiram ministrar cursos de investimentos e o negócio começou a tomar forma.
"Já no primeiro curso conseguimos levantar R$ 9.000 com as inscrições dos alunos, e para melhorar, todos os participantes se tornaram nossos clientes. Pensamos, estamos ricos", brincou.
Com o resultado obtido, os sócios decidiram se especializar em ensinar pessoas a investirem, o que se tornou um grande diferencial da XP.
Em 2007, a empresa atingiu um crescimento tão expressivo que comprou uma corretora de valores, mas em 2008 veio mais uma grande crise financeira.
“Ninguém queria investir, nem fazer cursos. Decidimos ir para fora, viajamos para o exterior, nos especializamos, e percebemos que o que a gente queria mesmo era educar as pessoas sobre investimentos como um todo, não somente a Bolsa de Valores” contou.
Em 2009, a XP voltou a crescer e já atendia quase 5.000 clientes, até que e em 2010 um fundo inglês, da coroa britânica, entrou na sociedade, numa operação de R$ 500 milhões de reais.
“Ganhamos credibilidade. Eu dizia para todo mundo: Agora a rainha é nossa sócia. Isso ajudou muito”, brincou.
Hoje, Ana Clara, a estagiária que acreditou no sonho de Guilherme, é sua esposa, a XP tem o banco Itaú como um de seus sócios, e eles continuam focados em educar pessoas sobre investimentos.
“O que nos fez chegar até aqui foi ter mantido o foco. Somos uma empresa que deseja ensinar as pessoas a investirem cada vez melhor. Isso é o que nos move. A minha meta como CEO da empresa não é baseada em lucro, mas sim em qualidade, que é o que vai nos dar resultado sempre“, comentou.
Para Guilherme a história da XP está apenas começando.
“Eu amo o que faço e sei que posso ajudar as pessoas, contribuir com o crescimento do país e inspirar outros empreendedores. Hoje o que me move é o desafio de acreditar que posso ajudar muita gente. Sei que ainda há muito a se fazer”, concluiu.
Promovido pela WFlow, o evento sobre investimentos direcionado a empresas ‘W Investor Day’, atraiu mais de 200 pessoas entre empresários e especialistas em sua primeira edição no Vale do Paraíba.
O evento contou grandes nomes do mercado como Zeina Latif, economista chefe da XP Investimentos; Daniel Frajhof, sócio à frente o Private B2B da XP Investimentos; Rony Dreger, especialista em gestão patrimonial estratégica e sócio da PSQA Advogados; além do CEO e fundador da XP Investimentos, Guilherme Benchimol.
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