Por Meon Em RMVale

Cerca de 8.300 crianças vivem em abrigos no estado de São Paulo

Conheça os projetos de adoção e oportunidades para crianças e adolescentes

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Até agosto deste ano, foram realizadas no estado 1.566 adoções

Reprodução/Sec. Saúde MG

Cerca de 8.300 crianças e adolescentes vivem em abrigos no estado de São Paulo. As casas de abrigo acolhem meninos e meninas em situação de risco, mas são provisórias. Até agosto deste ano, foram realizadas no estado 1.566 adoções, sendo 1.544 por brasileiros e 22 por estrangeiros.

Existem projetos que procuram criar oportunidades para crianças e adolescentes, entre eles o ‘Adote um Boa-Noite’, voltado para adoção tardia, e o programa Jovem Aprendiz, que oferece vagas de estágio também para jovens que vivem em abrigos.

Veja abaixo algumas das iniciativas voltadas a essas crianças e adolescentes:

Adote um Boa-Noite – o projeto busca estimular a adoção de crianças e jovens com mais de oito anos ou que possuam algum tipo de deficiência. O programa disponibiliza um site com fotos e relatos de jovens acolhidos pelo Poder Judiciário (www.tjsp.jus.br/adoteumboanoite). O objetivo é dar visibilidade aos meninos e meninas, mostrando-os como sujeitos de direitos, parte integrante da sociedade, além de tentar contribuir com a evolução da concepção social de adoção, ampliando a baixíssima quantidade de adoções de crianças com o perfil do projeto – cerca de 90% daqueles que se candidatam a adotar pretendem crianças pequenas. 

Apadrinhamentos Afetivo e Financeiro – os programas têm uma página no site do TJ (www.tjsp.jus.br/ApadrinhamentoAfetivo) com a lista das comarcas participantes. O Apadrinhamento Afetivo é direcionado a jovens com poucas possibilidades de adoção e procura oferecer o mínimo de convivência familiar, para que o adolescente tenha uma referência externa e oportunidades de lazer, raras para jovens institucionalizados.

Pessoas interessadas em ser padrinho/madrinha se dispõem a manter contato direto com o ‘afilhado’, podendo sair para atividades fora do abrigo, como passeios, festas de Natal, Páscoa, entre outros. Já no Apadrinhamento Financeiro, o voluntário – pessoa física ou jurídica – contribui economicamente para atender às necessidades de uma criança ou adolescente acolhido, sem necessariamente criar vínculos afetivos. Há algumas variantes nesta modalidade, como o ‘Apadrinhamento de Serviços’ e o ‘Apadrinhamento Material’.

Jovem Aprendiz – empresas que precisam cumprir a cota social, mas cujos espaços não o permitem, podem financiar as bolsas para que os jovens acolhidos prestem serviços em outros lugares. A primeira parceria do TJ é com a Unicharm, que fornece bolsas de R$ 970, plano de saúde e auxílio transporte. Os aprendizes cumprem carga horária de seis horas diárias, em quatro dias da semana, sendo um quinto dia dedicado à capacitação e ao aperfeiçoamento contínuo. Mais informações pelo e-mail estagios@tjsp.jus.br.

Trampo Justo – o projeto busca vagas de empregos para os jovens acolhidos, que, neste caso, trabalham nas próprias empresas contratantes. A iniciativa surgiu da percepção da urgência de inserir os adolescentes que residem em abrigos do Estado no mercado de trabalho. Os índices de adoção de jovens acima de 14 anos são baixos e a chances de completarem 18 anos nas casas de acolhimento aumentam. Em média, 46 adolescentes deixam os abrigos por mês ao completarem a maioridade. 54 jovens que conseguiram empregos por meio do projeto e outros 25 em processo de seleção. Mais informações pelo e-mail trampojusto@tjsp.jus.br.

Projeto Re.Juntar – em todo Brasil, 47 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos e apenas 17,8% estão no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). A maioria não volta para casa por falta de condições, e a partir de uma rede de atendimento do Estado, os pais recebem apoio, como atendimento psicossocial e auxílio na busca de emprego. Para ajudar mães e pais a recuperarem seus filhos, o projeto Re.Juntar. A partir do voluntariado, são realizadas reformas em casas de famílias que precisam de mínimas condições de infraestrutura. A reforma é a última providência tomada, ou seja, todas as outras já devem ter sido superadas pela Vara da Infância. Deve haver vínculo afetivo entre a família, o imóvel deve ter contas de água e de luz regulares e a reforma deve estar dentro das possibilidades do projeto.

Site Adotar – a Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJSP mantém uma página exclusiva sobre adoção (www.adotar.tjsp.jus.br), fonte oficial para informações sobre o tema. Os interessados em adotar encontram esclarecimentos para dúvidas frequentes, contatos das varas da Infância e grupos de apoio à adoção, vídeos com depoimentos de pais adotivos, crianças e especialistas no tema.

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