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Comandante da FAB defende associação da Embraer com a Boeing

Brigadeiro participou de audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta

Embraer entrega primeiro jato E190-E2 à companhia Widerøe (Pedro Ivo Prates/Meon)

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, defendeu, nesta quarta-feira (4), a associação da Embraer com a norte-americana Boeing como forma de garantir o acesso da fabricante de aeronaves brasileira a novos mercados e a manutenção de empregos.

Para o militar, o importante é que o Brasil mantenha o pleno acesso a todo conhecimento tecnológico que vier a ser desenvolvido caso a Boeing assuma o controle por meio da eventual joint venture.

joint venture é um acordo entre duas ou mais empresas que estabelece alianças estratégicas por um objetivo comercial comum por tempo determinado.

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“Não se vai entregar nossos conhecimentos, nem vamos perder nossa capacidade dentro da Embraer”, disse o comandante ao participar, esta manhã, de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Classificando a presença da Embraer no mercado global de aeronaves como um “Davi concorrendo contra Golias”, o comandante da Aeronáutica afirmou que as conversações entre os representantes das duas empresas ainda não resultaram em “nada de concreto”.

“No Ministério da Defesa, nossa grande preocupação – e que, eu diria, o Brasil como um todo deveria ter – é a preservação de nossa capacidade tecnológica e da nossa soberania nesta área”, disse o brigadeiro, assegurando que o grupo de trabalho criado pelo governo federal para acompanhar o desenrolar das negociações está considerando principalmente a questão da soberania e de acesso ao conhecimento tecnológico.

Golden share

O governo brasileiro detém poder de vetar a associação da Embraer com qualquer outra empresa por ter a chamada ‘golden share’- a ‘ação de ouro’, mantida pela União após a privatização de uma empresa estatal. Fundada em 1969, em São José dos Campos (SP), a Embraer foi privatizada em 1994.

“É justo que a empresa analise as possibilidades, sem a perda de conhecimentos. Os acordos que podem vir a ser feitos vão levar em conta as vantagens que o país poderá ter na parte econômica, tecnológica, de geração de empregos”, disse Rossato, reforçando que os representantes da Embraer já asseguraram que toda a área da empresa dedicada ao setor militar ficará de fora de um eventual acordo, sendo destinada a uma empresa separada integralmente controlada pela Embraer.

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