Por Meon Em RMVale

Conta de luz: Empresas da região podem reduzir produção para equilibrar gastos

Ciesp diz que empresas de médio e pequeno porte poderão aderir à medida

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De janeiro a julho deste ano, a conta de luz já aumentou 13,79%

Divulgação/Governo Federal/

As empresas da RMVale poderão reduzir a produção de suas instalações para equilibrar os gastos devido ao aumento da tarifa de energia elétrica. Os médios, pequenos e grandes empresários estudam a possibilidade com a intenção de diminuir a quantidade de turnos.

A intenção dos empresários, segundo o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), é que esses períodos de produção sejam reduzidos. Por exemplo, as empresas que tem três horários de trabalho poderão diminuir a produtividade e manter apenas dois turnos.

“Todo e qualquer aumento afeta demais a indústria, que vem de uma crise e que não conseguiu se levantar. Estamos em ano de eleição, o que dificulta ainda mais o crescimento da indústria. As empresas buscam economizar de todo modo. Existem empresas da região com projetos para rodar dois turnos e fechar o outro”, informa Joseane Antunes, gerente regional do Ciesp em São José dos Campos.

Para o economista Dorivaldo Francisco, todas as pessoas devem ficar atentas e preocupadas com os aumentos. “Não é possível a gente ficar submisso a esta condição. As pessoas não estão esclarecidas e preparadas para buscar ajuda e solicitar negociações para pagamento de inadimplências. Infelizmente, esses aumentos impactam diretamente no consumidor, que pagará na mesma proporção que um grande empresário”, ressaltou.

O aposentado de 51 anos Celio Donizeti sustenta uma família de cinco pessoas. Celio sentiu o reajuste e  pressionou sua família a economizar mais. “Normalmente, a gente gasta cerca de R$ 150 com a conta de luz. No último mês, sentimos aumento de R$ 30, o que dificulta baste porque sou só eu quem pago as contas em casa. Eu precisei ficar em cima, principalmente dos meus filhos, que demoram muito no chuveiro”, relatou.

Aumento na conta

A conta de luz já aumentou quatro vezes mais que a inflação este ano. Enquanto o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 2,94% entre janeiro e julho, a energia elétrica para as famílias brasileiras subiu 13,79%.

A disparada no preço da energia é resultado de uma série de fatores, que inclui falta de chuva, alta do dólar e o crescente peso dos subsídios, encargos e tributos na tarifa elétrica.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou de 0,14% em maio para 1,11% em junho, conforme divulgado no último dia 21 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta foi puxada pelo aumento nos preços de alimentos, combustíveis e energia elétrica --que mais impactou a elevação dos gastos com habitação--. Com o crescimento de 5,44% na média nacional, a conta de luz representou o segundo maior impacto individual no IPCA-15 de junho.

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