Por Meon Em RMVale

Delegado da Paraibuna traz suspeitos de matar gestante para a região

Eles deixaram o Rio por volta das 20h deste sábado; bebê permanece internado

Leila dos Santos (dir) e o casal acusado de matar a gestante em Paraibuna e roubar o bebê

Leila dos Santos (esq.) e o casal preso pela polícia de Paraibuna

Reprodução

O delegado de Paraibuna, Raian Braga de Araújo, saiu do Rio de Janeiro por volta das 20h deste sábado (14) trazendo para a região o casal acusado de matar a gestante Leila dos Santos, de 39 anos, para ficar com o bebê da vítima.

Maria Terezinha Generoso Rodrigues Vieira, de 33 anos, e Nicolas Lopes Caetano, foram presos na Favela do Lixão, em Duque de Caxias (RJ), por volta das 7h. O recém-nascido foi resgatado e levado para um hospital, onde deverá permanecer internado por pelo menos 10 dias.

Ao chegar à região, Maria Terezinha será encaminhada para a cadeia feminina de Santa Branca e Nicolas ficará preso em Jacareí. Os dois devem prestar depoimento neste domingo.

“Hoje [sábado] a Maria Terezinha não quis falar.  Nicola falou, mas foi uma conversa informal, amanhã eles devem prestar depoimento e vamos esclarecer tudo”, disse o delegado Raian.

O casal é acusado de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e parto suposto (quando a pessoa registra como seu o filho de outra).

A prisão preventiva dos suspeitos foi decretada por um prazo de 30 dias, em razão de o crime supostamente cometido por eles ser considerado hediondo. O prazo começa a contar a partir deste sábado.  Neste período, o inquérito deve ser concluído e encaminhado à Justiça.

O crime é considerado hediondo porque o corpo de Leila foi encontrado perto de uma estrada rural com um corte na barriga e extensas queimaduras. Ao lado da vítima, estava a placenta e o cordão umbilical, indicação de que o bebê havia sido arrancado do útero da vítima e levado pelos criminosos.

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Bebê resgatado pela polícia permanecerá internado por dez dias

Divulgação/Polícia Civil

Entenda o caso


4 de julho-  quarta-feira
 

14h - Polícia Militar recebe a ligação de funcionários da balsa da represa de Paraibuna avisando ter encontrado um corpo.

15h - A equipe policial chega ao local e identifica o corpo sendo de uma mulher negra de aproximadamente 30 anos. A vítima vestia roupas comuns e estava com o corpo e rosto queimados. Ao lado do corpo foram encontrados um cordão umbilical e uma placenta.

16h – Equipe de investigação criminal chega ao local do crime. Provas foram recolhidas e é constatado que a vítima estava com a barriga dilacerada e teria passado por uma cesariana no local. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Jacareí e identificado como Leila dos Santos, 30 anos, sem residência fixa.

5 de julho - quinta-feira

10h - Durante a investigação do caso, funcionários do cartório de registro civil entram em contato com a Polícia Militar e informam que uma mulher havia tentado registrar um recém-nascido sem documentação. A PM foi informada que a criança teria nascido em uma casa na zona rural da cidade próximo à Salesópolis, a 47 km de distância do centro de Paraibuna. No local nenhum vizinho reconheceu os suspeitos pelas imagens fornecidas pela polícia.

11 de julho - quarta-feira 

15h – Polícia Civil decreta a prisão preventiva da suposta mãe e do homem que a acompanhou ao cartório. A dupla está foragida e permanece sendo procurada pela policia.

12 de julho - quinta-feira

Família reconhece o corpo da vítima e polícia procura por suspeitos. 

13 de julho – sexta-feira

11h30 - Corpo da vítima é sepultado no Cemitério Colônia Paraíso no Jardim Morumbi em São José dos Campos.

14 de julho - sábado (14) 

7h - Bebê de gestante morta em Paraibuna é localizado no Rio; casal é preso.

20h - Casal é trazido de Duque de Caxias (RJ) pela Polícia Civil de Paraibuna para a região. A mulher ficará presa em Santa Branca e o homem, em Jacareí. O bebê permanecerá internado no Rio por um período de dez dias.

 

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