Encontro discutiu impactos do negócio com a Boeing sobre empregos dos funcionários
Arquivo/Meon
A reunião entre a Embraer e sindicalistas, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (13), terminou sem acordo. Os sindicatos reivindicavam garantia na manutenção de empregos após formalização do acordo entre a fabricante brasileira e a Boeing.
As duas empresas vão criar uma joint venture, que será controlada pela companhia norte-americana --apenas 20% da nova empresa ficará com a Embraer.
Participaram da reunião o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza, e representantes dos sindicatos dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Botucatu e Gavião Peixoto.
Segundo Herbert Claros, diretor do Sindicato de São José e funcionário da Embraer, o resultado do encontro é preocupante, pois a empresa diz não poder garantir a estabilidade dos trabalhadores.
“Apresentamos essa preocupação. Precisamos de garantia de estabilidade e na reunião o Paulo [presidente da Embraer] não deu garantias. Hoje fabricamos o avião inteiro e ele não disse, por exemplo, se a Boeing vai trazer um novo avião para ser fabricado aqui ou se os projetos vão continuar aqui. Quando os aviões da Embraer saturarem em vendas e se não tiver um novo projeto, vamos virar uma fabricante de apenas de peças e reduziremos o quadro de funcionários a um quinto”, diz Herbert Carlos.
O sindicato calcula que aproximadamente 300 funcionários foram demitidos em 2018, somente na unidade de São José dos Campos. Os sindicalistas temem que após a fusão com a Boeing, haja demissão em massa.
Herbert informou ainda que na próxima semana haverá uma reunião com a diretoria dos três sindicatos. “Na próxima semana vamos conversar com os trabalhadores e traçar a estratégica para o melhor encaminhamento para o tema, mas a situação é preocupante”, afirma Herbert.
O Meon entrou em contato com a Embraer via e-mail, mas até as 16h30 não houve retorno por parte da empresa.
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