Por Meon Em RMVale

Funcionários dos Correios suspendem greve e voltam ao trabalho na RMVale

Trabalhadores estavam em greve há uma semana

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Trabalhadores podem voltar a cruzar os braços a depender do julgamento do dissídio

Reprodução/Google Imagens

Após uma semana em greve, os funcionários dos Correios decidiram voltar ao trabalho nesta quarta-feira (18). A categoria aceitou proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de adiar o atual acordo coletivo até a data do julgamento do dissídio, previsto para o dia 2 de outubro. Na RMVale, cerca de 90% das agências funcionam normalmente nesta manhã.

A decisão foi tomada em audiência realizada com os trabalhadores na agência dos Correios do centro de São José dos Campos, na noite desta terça-feira (17). A reunião aconteceu por volta das 22h30.

Os trabalhadores querem impedir a redução de salários e benefícios, além de ser contra a privatização da estatal, anunciada pela equipe do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no mês passado.

Embora os funcionários tenham optado pela suspensão da paralisação, a categoria manteve o estado de greve até o julgamento do dissídio.

De acordo com o Sintect-Vale, sindicato que representa a classe, os funcionários podem cruzar os braços novamente se a manutenção dos direitos trabalhistas não for mantida.

Outro lado

Por meio de nota, os Correios informaram que após dois meses de negociação com as representações sindicais, a empresa ingressou com ação de dissídio junto ao TST e busca construir uma proposta de acordo coletivo de trabalho dentro das condições financeiras suportadas pelo caixa da empresa.

Os correios ressaltam ainda que as federações reivindicam vantagens impossíveis de serem concedidas no atual momento da empresa e da própria economia do País.

Os correios disseram também que desde o início da greve, medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação e a realização de mutirões nos fins de semana estão sendo adotadas para que o fluxo postal seja regularizado o mais rápido possível. 

Veja a nota na íntegra:

"Em cumprimento à determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), empregados dos Correios deliberaram – em assembleias realizadas por todo o Brasil - pelo fim da paralisação parcial das atividades da empresa, a partir das 22h desta terça-feira (17). Essa foi a condição para que os Correios aceitassem a proposta do TST de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 até o dia 2 de outubro, data do julgamento do dissídio coletivo pelo colegiado do tribunal.

Desde o início da paralisação parcial, os Correios colocaram em prática um plano de continuidade de negócios, que estabelece ações de contingência para amenizar eventuais impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação e a realização de mutirões nos fins de semana estão sendo adotadas para que o fluxo postal seja regularizado o mais rápido possível. As ações contingenciais continuarão a ser empregadas até que as entregas sejam normalizadas.

A rede de atendimento dos Correios está aberta em todo o país e os serviços, inclusive SEDEX e PAC, continuam sendo postados e entregues em todos os municípios.

Negociação - Após dois meses de negociação junto às representações sindicais, a empresa ingressou com ação de dissídio junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Durante todo esse período, os Correios buscaram construir uma proposta de acordo coletivo de trabalho dentro das condições financeiras suportadas pelo caixa da empresa. As federações, por sua vez, reivindicam vantagens impossíveis de serem concedidas no atual momento da empresa e da própria economia do País.

Com o julgamento do dissídio pelo TST, a empresa espera chegar a um entendimento razoável sobre o ACT 2019/2020, com a confiança de que o Tribunal reconhece a importância de, neste momento, retomar o equilíbrio financeiro de uma empresa tão estratégica quanto os Correios."

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