Por Meon Em RMVale

Marcos Pontes pretende usar recurso da Base de Alcântara para investir em desenvolvimento de satélite no Inpe

Declaração foi dada durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente do Senado

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Marcos Pontes foi convocado por senadores para dar explicações sobre a exoneração de Ricardo Galvão

Bruno Castilho/Meon



O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, afirmou na tarde desta terça-feira (17) que pretende aproveitar o uso comercial da Base de Alcântara para investir em desenvolvimento de satélites do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos.

A declaração foi dada durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente do Senado. O ministro foi convocado para dar explicações sobre a crise que levou ao afastamento do ex-diretor do instituto, Ricardo Galvão, no início de agosto.

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Durante sua fala, Pontes afirmou que tem o interesse de aumentar o desenvolvimento de montagens de satélite dentro do Inpe para ter dados conectados com a intenção de auxiliar os dados de monitoramento de desmatamento e também de agricultura no país.
"Que possamos montar e juntar mais dados, da agricultura, dados de clima, Antártica, oceanos, clima espacial e a partir daí fazer modelamentos e previsões para ampliar a capacidade de tratamento de dados do Inpe", afirmou.

Para isso, o ministro disse que é preciso mais recursos. Uma das sugestões dadas por ele é usar a Base de Alcântara, no Maranhão. "A parte de desenvolvimento de montagem de satélites é uma coisa que eu pretendo aumentar e muito dentro do Inpe, principalmente com o centro espacial de alcantara sendo comercial, isso vai gerar mais recurso", disse.

Pontes também sugeriu que parte do fundo da Operação Lava-Jato que foi destinada à preservação da Amazônia seja usada para ajudar o Inpe. "Acho que é uma possibilidade muito boa de se aproveitar o momento e essa visibilidade do Inpe para trazer parte desse orçamento para o desenvolvimento mais preciso de dados", afirmou o ministro.

Exoneração
Durante a audiência pública da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Marcos Pontes também foi perguntado sobre a exoneração do ex-diretor do Inpe, Ricardo Galvão.
Em junho, o Inpe informou um aumento de 278% no índice de desmate, em comparação com o mesmo período do ano passado. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o próprio presidente Jair Bolsonaro questionaram dados do instituto. O presidente disse que os dados eram “mentirosos”.

De acordo com o ministro, o afastamento de Galvão aconteceu por uma "perda de confiança". Pontes considerou que, durante a crise, Galvão deveria ter falado com ele e não diretamente com o presidente.
"A razão de sua exoneração foi devido a sua perda de confiança. É um cargo de confiança, e no momento em que se perde essa confiança fica difícil essa permanência. Ele mesmo reconheceu, nós conversamos bastante sobre isso e ficou uma situação bastante desconfortável", disse.

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