Inquérito apura “eventuais danos e ilícitos ao meio ambiente”
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O Ministério Público iniciou uma investigação para apurar possíveis irregularidades no descarte do lixo da coleta seletiva em São José dos Campos.
O inquérito apura “eventuais danos e ilícitos ao meio ambiente” com “descumprimento do plano municipal de resíduos sólidos”.
O MP ainda pede esclarecimentos à prefeitura e à Urbam (Urbanizadora Municipal) sobre a forma que vem ocorrendo a fiscalização do contrato de cessão gratuita com as cooperativas responsáveis por realizar a triagem dos resíduos.
Desde o fim de março, o volume de reciclagem caiu quase pela metade na cidade. Neste período, a prefeitura passou a gestão da triagem dos resíduos da Urbam para três cooperativas.
“A prefeitura não deu a estrutura necessária para a gente trabalhar. Não teve treinamento e tem dia que falta até luva. O lixo continua vindo misturado, o reciclado com o orgânico. Não vamos conseguir dar conta de fazer tudo”, comentou a cooperada Doroth Barbosa.
Além da reclamação de falta de estrutura, os funcionários alegam que estão recebendo menos que o combinado e que alguns trabalhadores foram demitidos após fazerem denúncias.
“Quando nos fizeram a proposta para trabalhar prometeram que iriam pagar entre R$ 1.300 a R$ 1.800, mas não chega nem perto disso. Não estamos recebendo nem R$ 400. Teve gente que reclamou e foi desligado”, ressalta a cooperada.
Outro lado
A Urbam se manifestou por meio de nota. confira abaixo:
"A triagem dos materiais era feita por funcionários da Urbam. As três cooperativas de reciclagem Cooper Alfa, Cooper Tech e Futura assumiram o Centro de Triagem da Urbam no início de abril deste ano. A Urbam cedeu toda a infraestrutura para o trabalho das cooperativas. Todo o material triado, incluindo os eletroletrônicos, são comercializados pelas cooperativas. O apoio às cooperativas está previsto no Plano Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos e na Política Nacional de Resíduos Sólidos".
Também resslata "que nem a Prefeitura e nem a Urbam prometeram que iriam pagar de R$ 1.300 e R$ 1.800. Não poderiam fazer isto, pois as cooperativas funcionam de forma independente. Informamos ainda que: No sistema de cooperativa eles trabalham e recebem de acordo com o que eles próprios produzem".
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