Policial encontrou neste sábado o bebê arrancado da gestante morta em Paraibuna; casal suspeito foi preso
Reprodução/Policia Civil
O casal acusado de matar a gestante Leila dos Santos em Paraibuna, para ficar com o bebê da vítima, estava escondido havia uma semana na Favela do Lixão, em Duque de Caxias (RJ) até ser preso na manhã deste sábado (14). Os suspeitos pretendiam deixar o estado fluminense no domingo, levando o recém-nascido.
Quando os policiais chegaram à favela, a criança dormia em um colchão ao lado de Maria Terezinha Generoso Rodrigues Vieira, de 33 anos, e Nicolas Lopes Caetano, de 21.
O bebê foi resgatado pela polícia e encaminhado para o Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, onde passaria por avaliação e depois seria entregue ao Conselho Tutelar.
O resgate do bebê e a prisão dos suspeitos foram possíveis graças a uma rápida ação da Polícia Civil de Paraibuna, que planejou a operação logo após receber uma denúncia anônima, na sexta-feira (13), informando que o casal estava na Favela do Lixão.
Com a suposta localização dos suspeitos, o delegado de Paraibuna, Raian Braga de Araújo, solicitou apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro para fazer buscas na favela -- considerada uma das mais violentas da Grande Rio,região metropolitana da capital fluminense.
Com apoio de equipes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio de Janeiro) e de um Caveirão --veículo blindado usado no Rio, a equipe de investigação de Paraibuna realizou buscas em vários pontos da favela até localizar a casa onde estavam escondidos os suspeitos.
“Nossa maior preocupação era garantir a integridade física e o bem-estar do bebê. Essa era nossa prioridade, fazer uma ação sem confrontos", disse o comissário André Ximenes, responsável pelo serviço de apoio operacional da Polícia Civil do Rio.
Segundo ele, os policiais fizeram um cerco à casa onde os suspeitos estavam escondidos e uma equipe entrou na casa.
"Quando entramos, o bebê dormia em um colchão ao lado do casal foragido. Ele aparentava estar bem, mas assim que saímos de lá fomos imediatamente para uma maternidade. O recém-nascido nem leite materno tinha tomado e precisava passar por uma avaliação médica com urgência, receber todos os cuidados necessários”, disse o comissário.
Segundo ele, após receber alta o bebê seria entregue aos cuidados do Conselho Tutelar de Duque de Caxias até a Justiça definir o destino da criança.
“É muito gratificante participar de uma operação dessas e ver que conseguimos salvar uma vida. Foi uma operação integrada, entre as polícias do Rio e de São Paulo, de sucesso”, ressaltou o comissário.
O delegado Raian, de Paraibuna, seguiu logo cedo para Duque de Caxias para acompanhar o registro de flagrante e trazer os suspeitos para a região. Ele não havia retornado até as 17h.
Leila (à esquerda) e o casal acusado de matar a gestante
Reprodução
Entenda o caso
4 de julho- quarta-feira
14h - Polícia Militar recebe a ligação de funcionários da balsa da represa de Paraibuna avisando ter encontrado um corpo.
15h - A equipe policial chega ao local e identifica o corpo sendo de uma mulher negra de aproximadamente 30 anos. A vítima vestia roupas comuns e estava com o corpo e rosto queimados. Ao lado do corpo foram encontrados um cordão umbilical e uma placenta.
16h – Equipe de investigação criminal chega ao local do crime. Provas foram recolhidas e é constatado que a vítima estava com a barriga dilacerada e teria passado por uma cesariana no local. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Jacareí e identificado como Leila dos Santos, 30 anos, sem residência fixa.
5 de julho - quinta-feira
10h - Durante a investigação do caso, funcionários do cartório de registro civil entram em contato com a Polícia Militar e informam que uma mulher havia tentado registrar um recém-nascido sem documentação. A PM foi informada que a criança teria nascido em uma casa na zona rural da cidade próximo à Salesópolis, a 47 km de distância do centro de Paraibuna. No local nenhum vizinho reconheceu os suspeitos pelas imagens fornecidas pela polícia.
11 de julho - quarta-feira
15h – Polícia Civil decreta a prisão preventiva da suposta mãe e do homem que a acompanhou ao cartório. A dupla está foragida e permanece sendo procurada pela policia.
12 de julho - quinta-feira
Família reconhece o corpo da vítima e polícia procura por suspeitos.
13 de julho – sexta-feira
11h30 - Corpo da vítima é sepultado no Cemitério Colônia Paraíso no Jardim Morumbi em São José dos Campos.
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