Operários e máquinas permaneciam em atividades nesta terça-feira (19) no canteiro de obras da ponte estaiada, na zona oeste de São José dos Campos. Na última sexta-feira, a Justiça determinou a paralisação imediata da obra até a próxima sexta-feira (22), quando será realizada uma audiência de conciliação entre a prefeitura e o Ministério Público.
A paralisação da obra foi determinada pelo juiz Silvio José Pinheiro, da 1ª Vara da Fazenda Pública, na última sexta-feira (15). Na segunda-feira (18), os trabalhos aparentavam ocorrer normalmente no canteiro de obras da ponte. Nesta terça-feira, um número reduzido de operários trabalhava no local, com uso, inclusive, de dois guindastes.
Questionada pelo Meon, a prefeitura negou descumprimento da ordem judicial. “A Prefeitura de São José dos Campos está cumprindo a decisão judicial e vai participar da audiência de conciliação marcada pela Justiça no próximo dia 22. A Queiroz Galvão foi notificada ontem [18] e, para paralisar a obra que estava em andamento, precisou tomar algumas medidas de segurança. Não há nenhuma obra nova sendo feita”, diz trecho de nota encaminhada pela Secretaria de Mobilidade Urbana.
Em nova nota, enviada posteriormente, a Prefeitura de São José dos Campos informou que "vai dar todos os esclarecimentos do processo na audiência de conciliação [...]. No despacho do juiz, foram autorizadas a realização de obras necessárias à manutenção, conservação e segurança da ponte".
Paralisação da obra
A obra da ponte estaiada, batizada de Arco da Inovação, foi iniciada em 17 de dezembro e é executada pela construtora Queiroz Galvão. Em ação civil pública, o promotor Gustavo Médici, alega que a prefeitura teria decidido pela construção da ponte estaiada, orçada em R$ 48,5 milhões, sem considerar qualquer outro projeto alternativo para a solução viária no trevo do Colinas.
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