Participantes do 1° Simpósio de Investimentos da RMVale
Reprodução/Gilberto Freitas
A poupança é um dos métodos mais tradicionais e conhecidos pelos brasileiros de se ‘fazer dinheiro’, mesmo com rendimentos menores do que outras modalidades de investimentos. Segundo analistas de ações, estima-se que 80% de todos os investidores do país ainda estejam na poupança. Por outro lado, o acesso à informação tem levado uma parcela da população em busca por novos métodos, como investimentos na bolsa de valores ou no tesouro direto.
Pelo menos foi assim que aconteceu com o estudante de gestão financeira João Mauro Leonardo, de 24 anos, morador de Taubaté. O jovem guardava dinheiro na poupança com sua namorada, mas percebeu que a rentabilidade não era o bastante. A partir disso, o estudante buscou na internet informações sobre as melhores formas de ganhar dinheiro investindo e, segundo ele, o resultado tem sido positivo.
“Invisto na bolsa de valores há oito meses, porque o dinheiro que tinha guardado com a minha namorada na poupança não estava dando retorno. Na poupança rendia R$ 75 e agora rende mais de R$ 102. Eu busquei na internet meios melhores, é um investimento sem risco, mas que já me rendeu quase R$ 2 mil em pouco tempo”, contou.
O João Mauro foi um dos participantes do 1° Simpósio de Investimentos da RMVale, evento gratuito que aconteceu na manhã de sábado (14), na FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), em São José dos Campos. O evento, realizado pela Plátano Investimentos, teve como palestrantes convidados Betina Roxo, analista de ações da XP Investimentos, e Raphael Figueredo, o Rafi, sócio e Analista da Eleven Financial.
Quem pode investir?
Betina Roxo, analista de ações
Reprodução/Gilberto Freitas
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, aplicar dinheiro em ações ou qualquer método que proporcione mais rentabilidade pode ser feito por qualquer pessoa e não há a necessidade de ser milionário para isso. “Qualquer um pode investir, acho que hoje está ainda mais fácil, com maior acesso e não só acesso operacional, mas também em conteúdo para todo mundo entender mais. Mas claro, tem várias classes de ativos [grupos de ativos com características próprias] e o mais importante é a pessoa entender qual o perfil dela”, afirma Betina Roxo.
Hoje existem várias formas de investir e, ao mesmo tempo, a pessoa precisa entender em qual segmento ela se caixa de acordo com a sua necessidade, como alerta Betina. “Eu sempre falo que é importante três coisas: a primeira entender o seu perfil, que tem riscos de mercado atrelados às classes de ativos; a segunda coisa é entender o seu horizonte, ou seja, em quanto tempo você preciso desse dinheiro e qual o seu plano para ele; e o terceiro ponto é se inteirar sobre o assunto”, orienta.
Quanto preciso para investir?
Segundo Raphael Figueredo, o Rafi, no chamado mercado acionário, ambiente no qual empresas de capital aberto negociam frações de seu patrimônio, é possível investir desde R$ 7, R$ 50, R$ 200 ou o valor que a pessoa dispuser. Já no mercado de renda fixa, onde o investidor concede um empréstimo em dinheiro a uma entidade em troca do pagamento de juros, a pessoa pode investir a partir de RS 20 em um título do governo, por exemplo.
“Agora, quanto disso se torna eficiente? Eu prefiro fazer com que a pessoa economize R$ 20 por mês e chega no final do mês ele tenha 240 e com esse montante ela consegue fazer uma aplicação, cujo rendimento será um pouco maior do que os 20. A medida que você vai acumulando e aplicando cada vez mais você tem a possibilidade de ter um rendimento um pouco mais, mas depende do perfil da pessoa. Tem pessoas que são agressivas e outras mais conservadoras”, conclui.
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