Por Meon Em RMVale

Vereador de Campos do Jordão é cassado por 'abuso de poder religioso'

Parlamentar conseguiu liminar na sexta-feira para ficar no cargo

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Arlindo Branco já foi cassado em 2010 por desacato a um servidor público

Arquivo/Divulgação/Câmara


O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) cassou o mandato do vereador Arlindo Moreira Branco (PROS), de Campos do Jordão (SP), por abuso de poder religioso. Na noite de sexta-feira (20), o parlamentar conseguiu uma liminar para permanecer no cargo até o julgamento dos recursos.

De acordo com a acusação do Ministério Público Eleitoral, Arlindo Branco pediu votos durante culto em uma igreja evangélica em que é missionário, o que configuraria crime eleitoral.

O vereador foi condenado em primeira instância em maio do ano passado e recorreu ao TRE, que manteve a condenação em decisão publicada no dia 9 de abril.

Arlindo Branco nega as acusações. Segundo ele, cabos eleitorais chegaram a entregar panfletos de sua campanha nos arredores da igreja, como muitos outros candidatos fazem em porta de igreja ou locais de grande movimento.

“Não usei a Igreja para me eleger, em nenhum momento pedi votos durante os cultos, isso não aconteceu. Foi uma denúncia sem fundamento contra minha candidatura. Só para ter uma ideia, este ano fui eleito com menos votos do que nas eleições passadas”, disse Arlindo Branco.

De acordo com a decisão do TRE-SP, houve pedido ostensivo de votos durante culto e distribuição de material de propaganda nas imediações da igreja configurando abuso de poder religioso.

Para o vereador existe um movimento contra candidaturas de políticos evangélicos. “Este suposto crime de ‘abuso de poder religioso’, do qual me acusam, não existe. Não está configurado na legislação. Mas eu, assim como outros políticos no Rio de Janeiro e de Minas Gerais, por exemplo, estamos sendo vítimas de acusações porque somos evangélicos”, disse o vereador.

Passado Turbulento
Branco cumpre seu quarto mandato de vereador em Campos --nas eleições de 1996 foi eleito pelo PFL com 396 votos; em 2000, foi eleito pelo PSB com 400 votos, e em 2008 foi eleito pelo PSC com 403 votos.

Em 2012 se candidatou a uma cadeira no Legislativo de Mogi das Cruzes, onde conseguiu com 1.389 votos e se tornou suplente de vereador pelo PPS.
Em 2016, retornou ao domicílio eleitoral de Campos do Jordão e foi eleito pelo PROS com 306 votos.

Em 2010, Arlindo Branco também teve o mandato cassado em razão de uma condenação por desacato a um servidor público que trabalhava como agente de trânsito.

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