Em São José dos Campos,
quando vejo a ponte estaiada
sobre o córrego Senhorinha
sonho um novo Paraíba
numa passeira aragem
como se chegasse a uma miragem.
O horizonte não traz limite, mas se faz perto
a manhã acorda antes do sol nascer
como se habitasse a maior das metrópoles
os caminhos estão sempre abertos.
Em São José dos Campos,
neste tempo onde eles ou “ele não”
insistem em ter razão, a cidade é voz para todos.
O sono continua tranquilo,
pirilampos já não são tantos
o céu, estrelado, acena para o imaginário
tudo parece certo
o horizonte não traz limite, mas se faz perto.
Os erros nos votos permanecem nas escolhas,
a soma agora é absoluta
Deus continua a nos mostrar seus escritos
por largas e modernas avenidas
a mesa posta convida, quase vazia, de conversa, de amizade
o sino ainda toca na Matriz que abençoa o Banhado
as flautas, distantes, assobiam na memória
os pássaros, o sabiá, voam e cantam nos arredores, impassíveis, como se a cidade fosse a de outrora.
Em São José dos Campos,
o horizonte não traz limite, mas se faz perto
tudo parece certo
admiravelmente certo.
* Por Fabrício Correia- editor da Metrópole Magazine e ocupante da Cadeira 13 da Academia Joseense de Letras
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