Por Meon Em Opinião Atualizada em 27 JUL 2020 - 17H28

A flauta que ainda ouço

Por Fabrício Correia- editor da Metrópole Magazine e ocupante da Cadeira 13 da Academia Joseense de Letras




Em São José dos Campos,

quando vejo a ponte estaiada

sobre o córrego Senhorinha

sonho um novo Paraíba

numa passeira aragem

como se chegasse a uma miragem.

O horizonte não traz limite, mas se faz perto

a manhã acorda antes do sol nascer

como se habitasse a maior das metrópoles

os caminhos estão sempre abertos.

Em São José dos Campos,

neste tempo onde eles ou “ele não”

insistem em ter razão, a cidade é voz para todos.

O sono continua tranquilo,

pirilampos já não são tantos

o céu, estrelado, acena para o imaginário

tudo parece certo

o horizonte não traz limite, mas se faz perto.

Os erros nos votos permanecem nas escolhas,

a soma agora é absoluta

Deus continua a nos mostrar seus escritos

por largas e modernas avenidas

a mesa posta convida, quase vazia, de conversa, de amizade

o sino ainda toca na Matriz que abençoa o Banhado

as flautas, distantes, assobiam na memória

os pássaros, o sabiá, voam e cantam nos arredores, impassíveis, como se a cidade fosse a de outrora.

Em São José dos Campos,

o horizonte não traz limite, mas se faz perto

tudo parece certo

admiravelmente certo.

* Por Fabrício Correia- editor da Metrópole Magazine e ocupante da Cadeira 13 da Academia Joseense de Letras

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