Dieta é uma palavrinha que tem um poder bem controverso. Basta anunciar “estou de dieta” que o mundo parece se transformar em caixas de chocolate, pizza de Catupiry e bala de goma. E esse é o grande problema quando não conseguimos enxergar a opção por alimentos nutritivos como uma escolha de vida, e não um estado passageiro que acabará quando chegar ao peso desejado.
Quando falamos em dieta é fundamental ressaltar a importância do equilíbrio. A ideia nunca foi privar-se para sempre de algo que goste de comer, e sim tomar a consciência de que os melhores alimentos são aqueles que nutrem nosso corpo com minerais, vitaminas, eletrólitos, fibras, além dos carboidratos, proteínas e gorduras.
E existem muitos estudos que comprovam a importância de ter uma refeição “livre” na semana, no famoso dia do lixo. Essa refeição, geralmente mais rica em carboidratos vazios do que as refeições-padrão da sua rotina alimentar, mexe com um hormônio danado do nosso corpo, a leptina.
Ela é produzida tecido adiposo e controla o metabolismo energético como um “lipostato”, um sensor de gordura mesmo, que diminui ou aumenta as quantidades de leptina no sangue conforme a quantidade de gordura também varia.
Depois de muita bioquímica envolvida, a consequência desse lipostato natural é impedir que o corpo engorde loucamente quando acontece um exagero esporádico. Se você está numa dieta tranquila, nutritiva e hipocalórica, normalmente os níveis de leptina caem de forma crônica, devido à perda de gordura, fazendo com que o metabolismo fique mais lento.
Opa! Metabolismo lento não é bom! E é aqui que entra a refeição lixo: ao comer algum alimento mais denso em calorias, principalmente se forem “vazias”, você engana seu corpo, dá um gás na produção de leptina e o metabolismo aumenta, a fim de manter seu set-point.
Veja bem: é uma refeição. Não é um dia do lixo! Não vai sair comendo tudo o que vier pela frente só porque é sábado ou domingo. Se joga na sobremesa da vó, mas segura as pontas no resto do dia!
E nem sempre a refeição lixo está liberada desde a primeira semana da dieta. Para ela funcionar, você já precisa estar com os níveis de leptina baixos, há umas 3 ou 4 semanas perdendo peso. E depois de comer a refeição lixo, o ideal é se sentir bem, cheio de energia, perceber inclusive uma definição nos músculos melhor, vascularização presente e aquele pump bonito de ver.
Se você se sentir cansado, com mais fome do que antes e retido, talvez ainda não fosse a hora de usar essa estratégia. O momento certo quem vai decidir é você, juntamente com o profissional de nutrição que acompanha seu caso.
Outra boa dica é sempre ir treinar no dia após a refeição lixo. Aproveite que os estoques de glicogênio estão em alta e dê tudo de si no treino! Por isso, eu gosto de começar cada semana com um treino, pra aproveitar o gás da cheat meal do fim de semana na segunda-feira trabalhando um músculo diferente.
O mais importante? Não transformar sua refeição lixo em algo constante. A consistência da sua dieta é o que vai determinar se você terá ganhos ou perdas usando essa estratégia. Se você comete pequenos deslizes durante a semana, é contraproducente usar a desculpa de que é fim de semana para comer um monte de besteira, certo? Deixe de ser um sabotador da sua própria dieta!
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