As bolsas da Europa fecharam com forte desvalorização nesta quinta-feira, 31, levadas pelos resultados decepcionantes de grandes companhias e pela baixa inflação na zona do euro, que renovou as dúvidas sobre a recuperação da região. A melhora no mercado de trabalho não foi suficiente para animar os investidores, que ainda acompanham o "default técnico" da Argentina.
De acordo com a Eurostat, a agência oficial de estatísticas da União Europeia, a taxa de desemprego da zona do euro caiu de 11,6% em maio para 11,5% em junho, o menor nível desde setembro de 2012.
Entretanto, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 0,4% em julho, em comparação com o mesmo mês do ano passado, registrando a menor variação desde outubro de 2009.
Num dia de perdas generalizadas, o índice Stoxx Europe 600 caiu 1,31%, para 335,99 pontos, se situando no menor patamar desde o fim de abril. Em julho, o indicador recuou 1,7%, a maior queda mensal desde janeiro.
Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX recuou 1,94%, para 9.407,78 pontos, acumulando queda de 4,33% no mês. Retração semelhante teve o CAC-40, da bolsa de Paris, que baixou 4,00% no mês e 1,53% nesta sessão, para 4.246,14 pontos. O FTSE-100, da bolsa de Londres, teve retração menos intensa, de 0,64%, para 6.730,11 pontos, e fechou o mês com queda de 0,21%.
O Ibex-35, da bolsa de Madri, recuou 2,10% neste pregão, para 10.707,20 pontos, e acumulou desvalorização de 1,98% em julho, enquanto em Milão o FTSE-MIB fechou em baixa de 1,52%, aos 20.570,80 pontos, contabilizando recuo de 3,39% no mês.
Na bolsa de Lisboa, o PSI-20 caiu 3,12% nesta sessão, para 5.979,49 pontos, influenciado pela queda de 42,07% nas ações do Banco Espírito Santo. As negociações do papel chegaram a ser suspensas durante o pregão, devido à reação dos investidores frente ao prejuízo de 3,488 bilhões de euros no segundo trimestre reportado ontem pela instituição.
Números abaixo das expectativas do mercado também foram apresentados pela companhia aérea alemã Lufthansa, que teve queda de 32,1% no lucro líquido no segundo trimestre. O resultado levou a uma retração de 6,42% nas ações da empresa.
Outra companhia alemã, a Adidas, viu suas ações se desvalorizarem em 15,54% neste pregão, depois de divulgar redução em seu lucro líquido e diminuir as projeções para 2014.
As perdas contabilizadas pela francesa Alcatel-Lucent no segundo trimestre provocaram queda de 6,74% em suas ações, enquanto os papéis do britânico Lloyds Banking Group baixaram 2,83% depois que o banco informou forte redução de ganhos no primeiro semestre.
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