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Bancos públicos ainda negociam aprovação do plano da Oi

Os representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil ainda estão trabalhando com o objetivo de viabilizar o seu apoio ao plano de recuperação judicial da Oi, enquanto os profissionais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já tinham praticamente declinado da hipótese de aprovação das propostas, de acordo com fontes envolvidas nas negociações. Todos, entretanto, permanecem na rodada de conversas que também envolve os bondholders e se estende desde as 16h30 desta quarta-feira, 19, numa sala reservada do Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro.

O BNDES tem R$ 3,3 bilhões a receber da Oi e é o único credor da classe que abrange dívidas com garantia real. Isso significa que o seu apoio é uma peça chave para garantir o sucesso do plano geral de credores. A aprovação do plano nesta assembleia requer a maioria dos presentes nas classes 1 e 4 (trabalhistas e fornecedores) e a maioria dupla - considerando número de presentes e valor do crédito - nas categorias 2 e 3 (credores com garantia real e quirografários).

A indisposição da Anatel em aprovar o plano atual tornou-se a principal barreira para que os credores da operadora cheguem aos termos finais da proposta de reestruturação das dívidas de R$ 63,9 bilhões, de acordo com fontes. Sem o sinal verde do órgão regulador, credores temem que o plano fique vulnerável a futuras contestações, mesmo aprovado pela maioria dos participantes da assembleia.

Na prática, credores que haviam se comprometido a aderir ao plano e aportar novos recursos na Oi passaram a cogitar a desistência da adesão case se confirme a aprovação do principal agente público envolvido no processo. Oficialmente, a Anatel afirma que só manifestará sua posição durante a votação do plano na assembleia.

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