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Bolsas fecham sem direção definida em Nova York

As bolsas de Nova York fecharam sem direção única na sessão desta quinta-feira, 1, com os setores financeiro e de energia subindo e o setor de tecnologia recuando.

O Dow Jones terminou em alta de 0,36%, aos 19.191,93 pontos. O S&P 500 caiu 0,35%, aos 2.191,08 pontos e o Nasdaq cedeu 1,36%, aos 5.251,11 pontos.

O corte na produção de petróleo definido na reunião de ontem da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) voltou a influenciar os preços da commodity e impulsionou o setor de energia dos Estados Unidos, com as ações das petrolíferas comandando os ganhos. A Chevron, que liderou os ganhos, fechou em alta de 1,55%.

Empresas do setor de tecnologia fecharam majoritariamente em queda, perdendo investidores para companhias do setor de energia. A Apple caiu 0,95%; o Facebook recuou 2,80%; o Google teve baixa de 1,49%; e a Amazon perdeu 0,92%.

A queda das companhias se deu no mesmo dia em que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, reiterou que o Nafta, parceria dos EUA com o Canadá e o México, é um "total e completo desastre". A afirmação vai ao encontro do que foi dito por Trump durante a corrida presidencial do país e que, logo após a vitória do republicano, fez com que as empresas ligadas ao setor de tecnologia caíssem. À época, alguns analistas afirmaram que as políticas de Trump podem afetar especialmente essas empresas devido à dependência delas de mão de obra estrangeira.

Desde então, as empresas do setor de tecnologia registraram queda de 2,7%; em contrapartida, as companhias do setor financeiro cresceram 14%. Na sessão de hoje, a tendência foi mantida com as ações do Goldman Sachs liderando os ganhos, em alta de 3,35%. O JPMorgan avançou 2,02%; o Bank of America ganhou 1,80%; e o Morgan Stanley teve alta de 1,93%.

No início do pregão, a divulgação de dados positivos da indústria americana influenciou os negócios. O índice dos gerentes de compras (PMI) da indústria dos EUA subiu de 53,4 em outubro para 54,1 em novembro, o resultado mais forte em um ano na pesquisa da Markit. Já o levantamento feito pelo ISM mostrou que a atividade industrial no país avançou de 51,9 em outubro para 53,2 em novembro, superando a expectativa dos analistas, de alta a 52,5. Os bons relatos da indústria se somam à perspectiva de que o governo Trump irá investir em infraestrutura. Além disso, o presidente eleito também deu declarações de que pretende abaixar impostos, o que pode gerar um aumento da inflação e do crescimento americano.

No entanto, essas apostas são baseadas em suposições sobre a política que Trump irá adotar, de acordo com alguns analistas. "Não está claro se essas expectativas serão cumpridas.", disse David Lefkowitz, estrategista sênior do UBS Wealth Management Americas.

O futuro governo de Donald Trump também foi alvo de comentários nesta quinta-feira pelo presidente da unidade de Dallas do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), Robert Kaplan. O dirigente disse que ainda é cedo demais para dizer como o governo Trump irá afetar a perspectiva de juros. "Como dirigente, eu acho importante sermos pacientes e deixarmos os eventos e as políticas se desenrolarem, sem tentar julgá-las de forma antecipada", disse Kaplan. (Com informações da Dow Jones Newswires)

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