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Bovespa vira no final da sessão e tem leve alta em dia de giro fraco

Em mais um dia de giro fraco, a Bovespa oscilou entre pequenos ganhos e perdas nesta quarta-feira, 21. Apesar de ter permanecido a maior parte do tempo no território negativo, passou a operar em leve alta perto do fim da sessão. Nova York não serviu de guia, já que por lá os índices também rondaram a estabilidade, mas com a diferença de que estão nas suas máximas históricas. O destaque corporativo do dia foi a Braskem, que fechou um acordo global de leniência bilionário e mesmo assim acabou em alta.

O Ibovespa terminou o pregão com alta de 0,11%, aos 57.646,52 pontos. O giro somou R$ 5,43 bilhões. Entre as blue chips, Petrobras (ON -0,54% e PN -0,07%) reduziu perdas após a companhia anunciar uma teleconferência para esta noite, mas sem nenhum detalhe do que será divulgado. Vale (ON -0,38% e PN -0,73%) e bancos (Itaú PN -0,03% e Unibanco PN -0,84%) caíram. Em Nova York, por volta das 18 horas o Dow Jones caía 0,06%, o Nasdaq recuava 0,09% e o S&P 500 perdia 0,10%.

"O dia hoje foi dominado por uma falta de apetite dos investidores locais e um pouco de venda de gringos", comenta o operador de uma corretora paulista. "Alguns investidores estão desfazendo posições para ir pro fim de ano de cabeça fria. Ninguém quer ficar comprado e correr o risco de ter uma surpresa com a Lava Jato", acrescenta o chefe da área de análise da Walpires, Fúlvio de Andrade.

Nos mercados internacionais, as bolsas de Nova York tomam um respiro antes de buscar novos recordes históricos, enquanto na Europa o setor financeiro pressionou os principais índices do continente para baixo. Na Itália, o Monte dei Paschi - que é o banco mais antigo do mundo - corre para tentar conseguir com investidores privados uma capitalização de 5 bilhões de euros antes do fim do ano, ou o governo deve ser obrigado a intervir.

O Parlamento italiano aprovou nesta quarta a destinação de 20 bilhões de euros para eventual resgate ao setor bancário. Já o petróleo fechou em queda, após os estoques nos EUA subirem 2,256 milhões de barris na semana, quando a previsão era de queda de 2,3 milhões.

Entre os destaques corporativos, a Braskem subiu 3,27%, mesmo após anunciar um acordo global de leniência de aproximadamente US$ 957 milhões, equivalentes a quase R$ 3,1 bilhões. Apesar desse grande desembolso, analistas temiam que a conta poderia ser ainda maior e apontam que a conclusão do acordo deve eliminar as incertezas sobre o futuro da Braskem.

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