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Confiança do consumidor paulistano cai 15% em março, diz Fecomercio

O índice de confiança do consumidor paulistano caiu 15% em março na comparação com igual mês de 2014 ao atingir os 106,9 pontos, menor nível desde outubro de 2003, informou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em relação a fevereiro, o recuo foi de 5,3%.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, "os atuais ajustes econômicos, a aceleração da inflação, a contenção do crédito e as taxas de juros elevadas" mexem com a vida financeira das pessoas e afetam diretamente a confiança dos consumidores. "Além disso, a queda do Índice de Confiança do Consumidor também parece estar relacionada ao momento de instabilidade socioeconômica em que o Brasil se encontra", diz a Federação, em nota.

A queda do índice em março se deu devido a retrações na percepção dos consumidores tanto sobre a situação atual como sobre as expectativas. O Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA) registrou recuo de 5,8% na margem, para 103,3 pontos em março. Já o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) caiu 5% no período, para 109,3 pontos. A FecomercioSP destaca que os dois indicadores estarem trajetória semelhante de queda e em níveis próximos é algo inédito.

Segundo Vitor França, assessor econômico da FecomercioSP, a série histórica do indicador revela que, predominantemente, as expectativas do consumidor quanto ao futuro superavam as avaliações em relação à situação atual. Segundo ele, desde 2013, no entanto, tanto o ICEA e o IEC passaram a convergir. "Isso sinaliza que o consumidor deixa de ter uma expectativa de melhora sobre o futuro", disse. Para França, os contextos econômico e político do País contribuem para a diminuição da confiança do consumidor. O assessor econômico destaca ainda que essa retração se deu em todas os segmentos de renda, idade e gênero pesquisados pela FecomercioSP.

Metodologia

O índice de confiança do consumidor da FecomercioSP, apurado mensalmente desde 1994, é baseado em dados coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores do município de São Paulo. Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O indicador varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).

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