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Dólar futuro sobe com fala de Jucá sobre reforma, mas reduz alta com Meirelles

O dólar futuro para janeiro acelerou os ganhos por volta das 17 horas, depois que o senador Romero Jucá (PMDB-RR) anunciou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, um acordo entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente do Senado, Eunício Oliveira, para adiar a votação da reforma da Previdência para fevereiro. "Estamos esperando o (Michel) Temer voltar (de São Paulo) para comunicar o acerto", declarou. O dólar negociado para janeiro, que vinha oscilando entre o campo positivo e o negativo, reagiu imediatamente e firmou alta com sucessivas máximas, atingindo R$ 3,3375 (0,75%). O dólar à vista fechou em queda de 0,10%, a R$ 3,3228. Na máxima, atingiu R$ 3,3233 (-0,08%) e, na mínima, R$ 3,2883 (-1,13%).

Uma hora depois, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou que "o senador (Jucá) pode dar a opinião dele", mas que essa não é uma posição final, tirando peso do anúncio do líder do governo do Senado. "Todo o esforço é para este ano, mas, se não for votado agora, será no ano que vem", afirmou Meirelles. Com isso, o dólar para janeiro reduziu os ganhos e fechou a sessão com alta moderada.

Até a declaração de Jucá, os investidores ainda nutriam uma pequena expectativa de que a PEC da Previdência pudesse ser votada em 2017, especialmente depois que o PSDB anunciou o fechamento de questão a favor da pauta, durante a manhã. Naquele momento, o dólar chegou a cair às mínimas intraday.

Mas não foram apenas as articulações políticas que estiveram no radar do mercado ao longo da sessão desta quarta-feira. Os investidores também ficaram atentos aos possíveis desdobramentos da decisão do Tribunal Regional Federal de agendar, para o dia 24 de janeiro, a audiência do ex-presidente Lula na Operação Lava Jato.

No exterior, as atenções estavam voltadas para o banco central americano (Federal Reserve, Fed), que anunciou às 17h elevação de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros para faixa de 1,25% a 1,50%. A decisão veio em linha com o que o mercado esperava para a última reunião do Fed sob a batuta de Janet Yellen, e a mediana das projeções para inflação no longo prazo permaneceu em 2,0%.

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