As encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos tiveram queda de 4,0% em junho ante o mês anterior, após ajustes sazonais, informou nesta quarta-feira o Departamento do Comércio. O recuo é o maior desde agosto de 2014 e o resultado veio pior que a queda de 1,4% prevista pelos economistas consultados pelo Wall Street Journal.
As encomendas de bens duráveis em maio foram revisadas em baixa, de uma queda mensal de 2,3% antes calculada para uma baixa de 2,8% ante o mês anterior. No primeiro semestre deste ano, as encomendas de bens duráveis ficaram estáveis ante igual período de 2015.
Os números sugerem que o setor manufatureiro dos EUA enfrenta dificuldades, mesmo que os dados reflitam em grande medida o cenário anterior ao voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, ocorrido no fim de junho. Após a votação, o dólar se fortaleceu mais ante a libra e o euro, mais uma potencial dificuldade para a indústria americana.
A queda de junho foi puxada pela demanda mais fraca por aeronaves civis e pelo setor de defesa. Houve, porém, melhora em várias outras categorias, como computadores e metais.
Excluindo-se o setor de transportes, as encomendas de bens duráveis caíram 0,5% no mês em maio. Retirando-se defesa, a queda mensal foi de 3,9%. Por outro lado, uma notícia positiva foi que as novas encomendas de bens de capital excluindo-se aeronaves e defesa, uma medida aproximada do investimento das empresas, subiu 0,2% em junho ante maio, após recuar nos dois meses anteriores. Ainda assim, as encomendas na categoria tiveram queda de 3,8% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período de 2015. Fonte: Dow Jones Newswires.
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