A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses atingiu 7,2% em julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores. O resultado representa uma desaceleração em relação a junho, quando as famílias apontavam, em média, alta de 7,4% nos preços.
"A queda do indicador reflete a redução observada nos itens de alimentação. Contudo, espera-se uma continuidade da expectativa de inflação em patamares elevados no curto prazo", diz a instituição em nota.
Segundo a FGV, as mudanças ocorridas nos últimos meses foram influenciadas pelas previsões dos consumidores de classes de renda mais baixas. Na classe 1 (até R$ 2,1 mil mensais), a projeção recuou de 7,9% em junho para 7,6% em julho, sempre considerando o período de 12 meses à frente.
Na classe de renda 2 (R$ 2,1 mil a R$ 4,8 mil mensais), as expectativas saíram de 7,7% para 7,3% na passagem do mês. No mesmo período, os consumidores com maior poder aquisitivo mantiveram suas expectativas para a inflação estáveis em um patamar menos elevado, mas ainda entre 7,0% e 7,1%.
O Indicador de Expectativas Inflacionárias dos Consumidores é obtido com base em informações coletadas no âmbito da Sondagem do Consumidor. Produzidos desde setembro de 2005, os dados vinham sendo divulgados de forma acessória às análises sobre a evolução da confiança do consumidor. Desde maio de 2014, as informações passaram a ser divulgadas individualmente.
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