Por Meon Em Opinião

Governo do Rio destaca apoio federal para tentar aprovar ajuste fiscal na Alerj

Os trabalhos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de 2017 começaram hoje (1º). O secretário da Casa Civil do governo, Christiano Aureo, destacou que a principal novidade do plano de recuperação fiscal, que será reapresentado na semana que vem, é o apoio do governo federal e garantia de empréstimos. O plano apresentado no ano passado teve a maioria das medidas rejeitadas pelos deputados.

Aureo representou o governador Luiz Fernando Pezão, que está em Brasília, negociando a ajuda financeira ao estado, que tem previsto um déficit público de mais de R$20 bilhões para 2017 e enfrenta o desafio de colocar o salário dos servidores em dia. 

"Hoje, com o apoio do governo federal, há a perspectiva real de que o Supremo Tribunal Federal nos dê um caminho para antecipar parte dessas medidas. Nossa crença é de que vamos conseguir avançar aqui na casa", afirmou Aureo.

O déficit previsto para 2018 é da ordem de R$18 milhões e em 2019, R$ 17 milhões, podendo chegar a um total de aproximadamente R$ 62 milhões.

Necessidade de aprovação

O apoio do governo federal, no entanto, depende da aprovação das medidas pela Alerj. A votação deve ocorrer na semana que vem.

A privatização da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) garantiria a antecipação de empréstimos do governo federal de cerca de R$3,5 bilhões, que pagariam os salários atrasados. Segundo o secretário, o governo do estado pretende ainda avaliar e revisar os incentivos fiscais e estabelecer novas bases para o regime aduaneiro Repetro e para o Fundo de Estabilização Fiscal.

Aureo não apresentou alternativa caso o plano não seja aprovado na Alerj, mas garantiu que a solução da crise só se iniciará com o fim do bloqueio de recursos da União e linhas de créditos.

Protestos

A entrevista foi prejudicada em vários momentos pelo barulho de bombas e fogos de artifício do lado de fora da Alerj, onde ocorrem protestos e confrontos entre manifestantes e agentes de segurança. Os manifestantes são contra o pacote proposto pelo governo, com várias medidas de austeridade e cortes de gastos públicos que afetam servidores e trabalhadores, e criticam a privatização da Cedae.

Deputados da oposição às medidas do governo expuseram cartazes com críticas ao atual governo. Do lado de fora, o protesto começou por volta do meio-dia e os confrontos entre manifestantes e agentes de segurança começaram logo depois.

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