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Ibovespa encerra pregão com leve alta de 0,15%

Diante da falta de notícias negativas no plano doméstico, uma melhora de humor esteve presente nos negócios em boa parte do dia, que foi de vencimento do Ibovespa futuro e de opções sobre o principal índice da bolsa brasileira. O indicador fechou em leve alta de 0,15% nesta quarta-feira, 14, aos 61.922,92 pontos. O giro financeiro foi de R$ 22,158 bilhões.

Analistas dizem que o momento político ruim continua pesando e, segundo Monteiro, traz movimentação menor de negócios. "Ninguém quer se expor muito." Um operador que não quis se identificar disse que as incertezas políticas continuam rondando os negócios, reduzindo muito as posições dos participantes. "A percepção que se tem é que o lado econômico anda, mas o político, não", afirmou o profissional.

A virada de mão, que não se sustentou, aconteceu na segunda etapa do pregão, firmando tendência de queda durante coletiva da presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, que assumiu uma posição mais dura e não esperada pelos investidores ao anunciar que iniciará com uma redução de US$ 10 bilhões por mês o programa de diminuição de ativos financeiros do balanço do BC dos Estados Unidos. Muitos especialistas aguardavam um montante menor, entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões, segundo Win Thin, chefe global para mercados emergentes do banco BBH. Espelhando os índices em Nova York, o Ibovespa renovou sucessivas mínimas, só alternando para o terreno positivo mais próximo do fechamento.

O setor financeiro ajudou a amparar o índice na corrida atrás das perdas verificadas nos últimos pregões. De acordo com Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora, os papéis do Bradesco foram os que mais avançaram impulsionados pela notícia da absolvição do presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, pelo Tribunal Regional Federal (TRF) no âmbito da Operação Zelotes, que apura esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). "O Bradesco liderou a alta do bloco de bancos em uma reversão para repor as perdas", disse o analista.

Assim, as ações PN fecharam em alta de quase 4%. No entanto, no acumulado de um mês, ainda contabilizam perdas de 15,13%. E Itaú Unibanco PN avançou 0,58%, Banco do Brasil ON subiu 0,11% e a Unit do Santander ganhou 1,88%.

A alta da bolsa só não foi maior porque a Petrobras acompanhou a queda forte, por volta de 3,5%, do petróleo no mercado internacional. Também os papéis da Vale, a despeito da alta de 2% do minério de ferro na China, recuaram cerca de 1%.

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