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Taxas de juros futuros sobem com ata do Copom

Ao afirmar na ata da reunião de julho, divulgada nesta quinta-feira, 24, que sua estratégia "não contempla redução do instrumento de política monetária", o Comitê de Política Monetária (Copom) desmontou, na curva a termo, as apostas de que a Selic poderia ser reduzida ainda este ano. Como resultado, as taxas subiram nos contratos de curto prazo. Os vencimentos longos avançaram ainda com mais força, diante da revisão para cima, apresentada pelo Banco Central no documento, para uma série de preços. Também puxaram estas taxas a zeragem de posições vendidas e a forte alta dos juros dos Treasuries.

Ao término da sessão regular, o DI para outubro de 2014 tinha taxa de 10,795%, de 10,765% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2015 tinha taxa de 10,78%, de 10,74% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2016 subiu de 10,95% para 11,09%. O DI para janeiro de 2017 terminou em 11,29%, de 11,14% no ajuste de ontem; e o DI para janeiro de 2021 fechou em 11,53%, de 11,46% após ajuste.

Com a ata do Copom já divulgada, os juros abriram para cima e assim ficaram o dia todo. No parágrafo 31, a ata diz que "o Comitê antecipa cenário que contempla inflação resistente nos próximos trimestres, mas que, mantidas as condições monetárias - isto é, levando em conta estratégia que não contempla redução do instrumento de política monetária -, tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção". Na avaliação do mercado, o Banco Central trabalha com um cenário em que a Selic no atual patamar é suficiente para recolocar a inflação de volta à trajetória do centro da meta de 4,5%, dado que a própria ata admite que o "deslocamento do hiato do produto caminha para o campo desinflacionário".

Ainda no documento, o Copom admitiu que a projeção para o IPCA 2014 subiu no cenário de mercado e elevou a projeção para reajuste dos preços administrados para 2015 de 5% para 6%. Para 2014, a estimativa manteve-se em 5%, mas houve piora na previsão para a tarifa de telefonia, de um ajuste de -4,2% anteriormente para -3,8%. Ainda, a expectativa para os preços de energia foi revista de 11,5% para 14% em 2014. E, por fim, o BC reconheceu que a inflação ao consumidor em 12 meses mostra resistência.

No exterior, a demanda pelos títulos do Tesouro norte-americano colocou os juros dos papéis em alta firme, em reação aos pedidos de auxílio-desemprego na semana passada. Às 16h52, o T-Note de 10 anos marcava 2,512%, de 2,467% no final da tarde de ontem, e a T-Note de dois anos estava em 0,492%, de 0,472% ontem. O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido do benefício caiu 19 mil, para 284 mil. Este foi o menor patamar desde fevereiro de 2006 e também ficou abaixo da previsão de analistas, de uma leitura de 305 mil.

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