A relação entre os casos mais graves de covid-19 e a prática de exercícios físicos sempre foi alvo de investigação por parte dos médicos e cientistas de todo o mundo. Pouco a pouco, os estudos vão descobrindo até que ponto a regularidade nas atividades com o corpo pode ajudar na redução dos riscos da doença.
Uma pesquisa norte-americana publicada em abril na revista British Journal of Sports Medicine analisou 48.440 pacientes diagnosticados com covid-19 entre janeiro e outubro de 2020 e constatou que as pessoas sedentárias têm mais chances de desenvolver quadros graves da doença, pois o índice de hospitalização e mortes é maior do que o registrado nos pacientes que eram fisicamente ativos.
Outra pesquisa, essa feita no Brasil, concluiu que a prática regular de atividades físicas pode reduzir 34,3% a chance de hospitalização em decorrência das infecções causadas pelo coronavírus. No estudo, 938 pacientes já curados preencheram um formulário respondendo questões relacionadas ao corpo e à prática de exercícios.
Mesmo que todas essas pesquisas ainda estejam em fases iniciais, pois a doença ainda é nova, os dados já são suficientes para reforçar a importância da prática regular de exercícios físicos com o objetivo de melhorar a resposta do organismo para a covid-19. Em geral, quem é fisicamente ativo desenvolve melhores defesas contra a maioria das doenças infecciosas, o que já foi comprovado por estudos anteriores.
Entretanto, outro estudo feito no Brasil mostrou alguns limites da proteção que a atividade física traz. Mesmo que o índice de hospitalização seja menor, nos casos em que a doença se desenvolve de forma grave a prática de exercícios passa a não interferir no tempo de internação, na necessidade de ventilação mecânica e na gravidade dos casos. Por isso, é importante ressaltar que ser fisicamente ativo, apesar de aumentar a defesa, não deixa ninguém imune ao coronavírus, e que é sempre necessário o cumprimento das demais medidas de proteção, como o uso constante de máscaras e o distanciamento social.
Por conta de todas as preocupações relacionadas à doença, o brasileiro passou a se preocupar mais com a saúde do corpo e isso se refletiu no número de interessados na prática de atividades físicas. De acordo com um levantamento feito pelo site Saudável & Forte, o número de buscas na internet por "exercícios em casa" saltou 733% logo no início da pandemia e se mantém em níveis bem altos desde então.
Mesmo que você decida praticar os exercícios dentro de sua casa na quarentena, ainda é fundamental tomar alguns cuidados. Para que as atividades tenham efeito na melhora da resposta contra a covid-19, elas devem ser feitas na intensidade correta, nem muito leves, nem muito pesadas. Além disso, se você já contraiu a doença, é necessária uma série de medidas especiais na hora de voltar para a prática.
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