Por Amanda Evelyn Em Blog e Colunas Atualizada em 07 JUL 2022 - 11H25

Vale Ressaltar #5 - Beca Moraes

“[...] cresci usando a arte como principal forma de expressão", diz a artesã

Arquivo Pessoal
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Com um ateliê improvisado em um canto da sua cozinha, Beca Moraes cria suas pequenas peças de cerâmica uma a uma, todas modeladas e pintadas a mão, sem pressa e com muita dedicação e paciência.

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"A minha história com a arte não teve bem um começo, porque desde que me lembro, eu sempre gostei de desenhar e pintar, então, cresci usando a arte como principal forma de expressão." disse no início da nossa conversa. A artesã, que começou a vida profissional sendo barista, no início de 2020 começou a sentir que precisava mudar de área para que tivesse novamente a liberdade de poder se reencontrar e se redescobrir. "Nesse mesmo momento veio a pandemia, alguns projetos que eu tinha foram cancelados e eu entrei em bloqueio criativo. Fiquei na 'estaca zero', não conseguia mais desenhar e nem pintar." Porém, este momento de "paralização" coincidiu com o aniversário de um amigo. Beca conta que dessa vez não quis o presentear com um quadro, então começou a pensar em alguns outros tipos de materiais e por fim chegou na cerâmica fria. "Eu sempre tive esse interesse pela cerâmica. Queria juntar minha paixão pela criação com a paixão pelo café para poder criar xícaras, louças... mas me faltava estrutura para trabalhar com argila, por exemplo, então a cerâmica fria me trouxe essa possibilidade de criar de forma mais acessível." conta.

Além de ter criado uma conexão quase que instantânea com a cerâmica fria, os artesanatos abriram um leque de possibilidades para Beca. A artesã relata que estava em um processo pessoal de reflexão sobre a relação da mulher com o corpo e com a energia feminina e isso, por fim, acabou refletindo em suas peças que, além de decorativas, são funcionais (como incensários, porta jóias e brincos).

"Criei algumas coisas sem pretensão de vender ou divulgar, mas ainda nesse contexto de pandemia, onde a situação financeira também foi afetada, eu comecei a vender as peças com um valor simbólico para que ficasse acessível para quem quisesse comprar e também para me ajudar a continuar comprando materiais e poder permanecer me dedicando ao estudo da cerâmica." conta a artesã que mesmo sem muita divulgação, obteve uma procura considerável pelo seu trabalho. As peças são únicas e, geralmente, a inspiração vem depois de conversar com as próprias pessoas que estão encomendando. Beca ainda ressalta que esse fator cria uma troca muito especial que vai além de uma relação exclusiva de "produto/dinheiro".

#ValeRessaltar Beca Moraes que divide com seus clientes o resultado do momento em que tira para se desligar do mundo e se conectar consigo mesma. As ideias fluem e a imaginação corre solta pelas mãos e dedos até darem forma para peças tão únicas, delicadas e cheias de significados.

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