Alunos começaram a trabalhar no projeto com 10 e 11 anos de idade
Divulgação
Um filme sobre crianças de 10 e 11 anos de uma escola municipal de Ubatuba que, com a ajuda do professor, tentam criar um satélite para ser enviado à órbita da Terra vai concorrer no Festival de Cinema Infantil de Chicago (EUA) no próximo mês. Ao participar do festival, o documentário pode entrar na seleção de indicados para o Oscar 2015.
O documentário "Projeto UbatubaSat - Uma Jornada de Conhecimento", dirigido por Daniela Gross, 40, mostra a evolução do trabalho de iniciação científica Projeto UbatubaSat, idealizado pelo professor Cândido Osvaldo Moura da escola Tancredo Neves, região central de Ubatuba, que tem como objetivo estimular o ensino aplicado na área de ciências e tecnologia.
"Quando conversei com o professor pela primeira vez, fiquei abismada por existir um projeto desses aqui em Ubatuba, uma cidade muito turística e pesqueira. Ainda mais em uma escola pública, em que muitas das crianças geralmente não tem acesso a esses recursos", afirma Daniela, que também comanda a produtora do filme, Explore Mídia.
Já numa fase avançada, o filme de 32 minutos de duração, um média-metragem, narra a atuação desse grupo desde 2013. Registrou apresentações do grupo em Brasília, junto ao Ministério da Educalção, e num simpósio internacional organizado pela agência aeroespacial japonesa, em Nagoia.
Antes, a turma de 13 alunos iniciou as atividades de concepção e montagem do pequeno satélite em 2011. Daquele ano até o registro em filme, as crianças já tinham ido à Nasa e, em vídeo, contam sobre a experiência de estar na agência espacial americana.
O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) foi consultor técnico do projeto e ofereceu um treinamento aos estudantes na parte de montagem do protótipo do satélite. Completam a lista de apoiadores o Ministério da Educação, Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e prefeitura de Ubatuba.
Longa
Para manter a história atraente a diferentes públicos, Daniela e o diretor de fotografia David Mottershead criaram um fio narrativo que passa pelas histórias de vida das crianças, que hoje já estão na adolescência.
"Não gosto que tenha um narrador de fora da história. O professor e os próprios alunos explicam o projeto, relembram as viagens e as histórias", conta.
Filme e projeto UbatubaSat estão, no entanto, em andamento. "Há ainda a previsão de lançamento do satélite para 2015 e queremos fazer a continuação do filme, que deve se tornar um longa-metragem falando também do crescimento desses jovens", diz.
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