Por Conteúdo Estadão Em Brasil & Mundo

João Moreira Salles resgata clima político de 1960 em novo documentário

Em 1966, a mãe do cineasta João Moreira Salles esteve na China e, lá, presenciou a incipiente euforia da população em relação à Revolução Cultural, conduzida pelo líder Mao Tsé-tung.

Com sua câmera, ela registrou manifestações culturais, a predominância da cor vermelha em slogans políticos e, principalmente, a esperança de um futuro mais justo - estampada no semblante de chineses anônimos.

Cinco décadas depois, João recorre às cenas filmadas por sua mãe como ponto de partida para o documentário No Intenso Agora, que ganhou menção honrosa no Festival de Berlim e estreia esta semana nos cinemas da capital.

Inteiramente produzido com imagens de arquivo, o filme retrata diferentes momentos da efervescência política dos anos 1960. Além da China, mostra a revolta estudantil de maio de 1968, na França; a Primavera de Praga; e a luta contra o regime militar no Brasil. Tudo acompanhado por um texto sensível, narrado pelo próprio João Moreira Salles.

Nele, o diretor nos convida a observar aspectos das imagens que, num primeiro momento, podem passar despercebidos. À medida que o filme progride, tais pontos de vista revelam um caleidoscópio que alerta, entre outras coisas, para o esvaziamento do idealismo.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Conteúdo Estadão, em Brasil & Mundo

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.