Por Meon Em Cultura

Outono pede tons escuros e madeira

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Diferentes tons de madeira são usados para compor o ambiente

Divulgação/CreativeCommons/Boa Franc

A mistura de diferentes tipos de madeira com os tons escuros usados para decorar o living deste apartamento no Itaim-Bibi é a conclusão de um projeto concebido com o objetivo de ser sóbrio. O resultado é um convite ao relaxamento, principalmente nos primeiros dias mais frios do ano que o outono já traz. "A ideia é ter um living que funcione como o coração da casa. É onde o casal recebe os amigos para cozinhar e também relaxa no fim de um dia de trabalho", conta Luciana Penna, do escritório Messa Penna Arquitetura.

Na cozinha gourmet, o painel de madeira nogueira faz as vezes de moldura para os equipamentos do dono da casa, que gosta de cozinhar. Ali foram acomodadas as prateleiras para os livros de receita, adega e forno.

Camufladas pelo revestimento, grandes gavetas guardam o resto dos utensílios e não interferem na decoração. Para o cook top não saltar aos olhos, a bancada de mármore travertino escuro funciona bem. "Em um ambiente como este, onde temos uma ilha praticamente no meio do estar, é preciso ficar atento aos detalhes, fazer com que tudo esteja em harmonia, principalmente as cores", explica a designer de interiores.

A madeira, principal artifício para criar o clima buscado pelos moradores, foi usada em diferentes formas e objetos. No piso, a cumaru preenche todos os espaços, inclusive o da cozinha, unificando os ambientes nos 70 m² reservados para o living, que ganhou metragem depois da reforma tocada pelo escritório. "Abrimos mão da varanda aberta para aumentar o estar. Isso nos possibilitou usar esse espaço a mais para acomodar uma mesa para o computador e colocar um banco feito sob medida, também de madeira, que vai de uma ponta a outra. Quando não existe a necessidade de criar novos lugares para sentar, ele serve de aparador", diz Olívia Messa, arquiteta também responsável pelo projeto.

Outra mudança vinda com a obra foi o deslocamento da lareira de uma quina da parede para o centro do estar, bem abaixo da TV. "Em casos como este é preciso preparar o local para que a parede não esquente e cause problemas nos aparelhos eletrônicos. Para isso, foi preciso deslocar o duto de saída da fumaça e também usar tijolos refratários, que toleram bem o calor", comenta Olívia.

As cores que faltavam para que o ambiente não corresse o risco de ficar pesado demais vieram nos objetos, como os vasos de murano na mesa de centro de laca vinho. E também nas obras de arte, como a assinada por Alfredo Volpi, na parede ao lado do hall de entrada. Completa o colorido, a grande fotografia de Valentino Fialdini, apoiada no chão. "Um espaço sóbrio não é um espaço onde não se pode ousar. Pontuar alguns elementos coloridos e dispor outros de maneira inusitada leva ao equilíbrio perfeito."

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