Prefeito Vito Ardito (PSDB) com autoridades no Palacete 10 de Julho
Bruna Pires/Jornal Atos
Após seis anos fechado para restauro, o Palacete 10 de Julho, um dos antigos prédios que marca a época da nobreza cafeeira em Pindamonhangaba, foi reaberto na última semana. O restauro foi dividido em três fases e custou mais de R$ 7 milhões, patrocinado pelas empresas Novelis, Tenaris, Sabesp e Cesp, por meio da lei Rouanet de Incentivo à Cultura.
A diretora da Pauliceia Arquitetura Restauro e Projetos Culturais, Rosângela Martinelli, cuja empresa foi responsável pelas obras do Palacete, explica que o restauro era necessário, apesar da casa não ter sofrido alterações em suas características originais, o que a fazia aparentar estar em boas condições. “Foi um trabalho de restauro muito criterioso. Esta casa, apesar de apresentar todas as características arquitetônicas preservadas, estava em péssimo estado de conservação, toda atacada por cupins. Desmontamos essa casa inteira e remontamos. Hoje é uma alegria enorme poder devolver para a cidade esse palacete restaurado com verba da iniciativa privada”.
Na cerimônia fechada de reabertura, uma encenação teatral conduziu os convidados de sala em sala. Em uma delas estão expostos quadros de figuras importantes da história do país, como a pintura de Dom Pedro I.
O evento contou com a presença do secretário de Cultura de São Paulo, Marcelo Araújo, representando o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Araújo descerrou a placa inaugural junto com o prefeito Vito Ardito Lerário (PSDB). “Estamos aqui para inaugurar o palacete, que é algo importante para a história da cidade. Trabalhei aqui 12 anos como prefeito e fico satisfeito em poder estar aqui e ver esse prédio ser devolvido e aberto à população”, afirmou.
O marco final da cerimônia foi à inauguração oficial do Centro de Memória Barão Homem de Mello, instalado no porão do prédio. O local também foi reformado, adequado e devidamente climatizado para abrigar diversos documentos dos historiadores Athayde Marcondes e Waldomiro Benedito de Abreu, que registram a história do município desde o ano de 1701.
O Centro de Memória também vai ser um espaço de educação patrimonial para crianças, jovens e adultos. “A expectativa é que a população tenha acesso a essa história riquíssima de Pindamonhangaba e do Vale do Paraíba dentro do Centro de Memória Barão Homem de Mello”, ressalta a diretora de Patrimônio Histórico, Karina Lacorte.
Segundo Karina, a maior parte dos documentos ainda estão guardados no Museu Histórico e Pedagógico D. Pedro I e Dona Leopoldina e aos poucos vão ser transferidos para o Centro de Memória. “São 900 caixas de documentos. Vai levar um bom tempo para esses documentos serem inventariados, higienizados, identificados e digitalizados”.
O Centro de Memória está vinculado ao Departamento de Patrimônio Histórico, da Secretaria de Educação e Cultura da cidade. O Palacete 10 de Julho (rua Deputado Claro César, 33, Centro) é tombado pelo Condephaat e, com a restauração, recebeu elevador para acessibilidade. A entrada para visitação é gratuita.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.