SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Abel Ferreira completou na quarta-feira (2) um mês de sua chegada ao Brasil, com um retrospecto de 81,4% de aproveitamento no Palmeiras: com sete vitórias, um empate e uma derrota.
Os resultados garantiram ao time alviverde, quinto colocado no Brasileiro, as classificações às quartas da Libertadores e às semifinais da Copa do Brasil e vêm acompanhados de uma mudança grande na mentalidade do grupo.
Durante os piores momentos em 2020, quando Vanderlei Luxemburgo ainda estava no cargo, a postura dos jogadores era questionada internamente e pessoas no clube viam dificuldades para motivar alguns atletas.
Agora, sob comando do lusitano, o Palmeiras joga de forma mais agressiva. Atletas que estavam em baixa, como Gustavo Scarpa, Lucas Lima e Raphael Veiga, voltaram a jogar bem, em meio a um discurso a favor do time como protagonista.
"É defender e atacar todos juntos. A gente sabe que os adversários são muito fortes, mas, com todos juntos, somos mais fortes ainda, defendendo e atacando. É dar o máximo sempre, e a vitória é consequência", analisou Gabriel Veron, eleito o melhor em campo na goleada sobre o Delfín (EQU) por 5 a 0 na quarta, no Allianz Parque.
Abel pede aos atletas que sejam em treinos e jogos "a melhor versão de si mesmo". O discurso em favor do grupo tem agradado, e, no jogo de volta das oitavas da Libertadores, isso foi visto mais uma vez.
Ao ser perguntado sobre o bom aproveitamento em seu começo no Palmeiras, o português dividiu os méritos. "É um trabalho coletivo, desde a direção às pessoas no CT, aos jogadores, que são peças fundamentais, à minha equipe técnica. É um trabalho coletivo de muita gente. Muitas vezes no futebol gostamos de individualizar, mas gosto de usar o 'nós'. Nós ganhamos e nós perdemos. Fruto do trabalho de muita gente, para os jogadores renderem o seu máximo. É o trabalho de muita gente no CT", afirmou.
Para o comandante, a equipe conseguiu criar uma mescla entre juventude e lideranças que tem dado resultado. Nas nove partidas com Abel Ferreira, o Palmeiras fez 20 gols (média de 2,44 gol/jogo) e sofreu apenas 4 (0,44 gol/jogo).
"A atitude dos jogadores em campo é como treinadores. A mescla com a juventude e irreverência, a liderança [dos mais experientes] que exige o máximo deles é que nos está levando a este caminho. Sei que agora estão valorizando o trabalho bem feito da formação e dos jovens que têm realmente a irreverência como alma da equipe, mas tenho de falar do Weverton, do Luan, do Gómez. Eles são importantes na formação. Os jogadores estão com mente aberta e com sede de ganhar."
O treinador se prepara agora para o seu primeiro clássico pelo Palmeiras, às 17h do sábado (5), quando visitará o Santos, na Vila Belmiro, pelo Brasileiro.
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