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Apesar de feito histórico na F-1, chefe da Mercedes ainda vê 'muito a melhorar'

Apesar de a Mercedes ter conquistado um feito histórico no último domingo, quando Valtteri Bottas venceu o GP do Azerbaijão e Lewis Hamilton, segundo colocado, garantindo juntos uma sequência inédita de quatro dobradinhas em um início de temporada da Fórmula 1, o chefe da equipe, Toto Wolff, acredita que o seu time ainda tem muito a evoluir na continuidade do campeonato de 2019 da máxima categoria do automobilismo.

O dirigente procurou evitar a euforia ao fazer um balanço das quatro primeiras corridas do ano, que começou com o piloto finlandês ganhando o GP da Austrália e depois teve dois triunfos do seu companheiro de equipe, no Bahrein e na China, países onde terminou as provas logo atrás do britânico antes de voltar a ganhar em Baku.

"Nós vimos uma Ferrari forte na sexta-feira e no sábado, e eu ainda acredito que Charles (Leclerc, da Ferrari) foi provavelmente o homem mais rápido na pista (na prova no Azerbaijão), mas, assim como no Bahrein, isso não veio junto com uma vitória. Você pode dizer agora, 'sim, pare de falar estas coisas, são quatro dobradinhas em sequência', mas isso é ainda muito para o nosso raciocínio. Nós ainda acreditamos que há muitas coisas que nós precisamos entender melhor e melhorar", afirmou Wolff, em declarações reproduzidas nesta segunda-feira pelo site oficial da F-1.

Ao ter os seus dois pilotos nos principais degraus do pódio neste domingo, a Mercedes superou o feito da Williams, que obteve três dobradinhas consecutivas no início da temporada de 1992, com Nigel Mansell e Riccardo Patrese. Este feito havia sido igualado por Hamilton e Bottas no GP da China, antes de os dois voltarem a fazer história de forma ainda mais expressiva em Baku.

Por causa desta série inédita, a Mercedes disparou ainda mais no Mundial de Construtores da F-1, com 173 pontos, contra 99 da vice-líder Ferrari. Já na disputa dos pilotos, Bottas assumiu o topo, com 87 pontos, apenas um à frente de Hamilton. Terceiro colocado no Azerbaijão, o alemão Sebastian Vettel também assumiu o mesmo posto na classificação geral pela escuderia italiana, com 52. E tem também apenas um ponto de vantagem sobre o holandês Max Verstappen, dono do quarto lugar com a sua Red Bull. O monegasco Leclerc, com 47, fecha o grupo dos cinco primeiros.

E Wolff destacou que o problema da Ferrari neste início de temporada é conseguir repetir nas provas o bom desempenho que vem tendo nos treinos. "Eu acho que na qualificação para o grid as Ferraris ainda são muito a referência de velocidade em linha reta, o que não é o caso na corrida. Eles (Vettel e Leclerc) têm uma performance muito boa em uma única volta, mas na corrida isso meio que converge", analisou.

A confiabilidade dos carros da Mercedes também pesou para que a equipe tivesse conquistado essa sequência histórica de dobradinhas, pois no Bahrein, por exemplo, o motor do monoposto de Leclerc começou a apresentar problemas quando ele disparava rumo à vitória, fato que o fez ser ultrapassado por Hamilton e Vettel e terminar em terceiro.

"Eu acho que o que nós fizemos nas primeiras corridas foi colocar todas as coisas juntas. A equipe não cometeu nenhum erro, as estratégias escolhidas foram certas, os pilotos não erraram, e isso nos fez vencer as primeiras quatro provas. Então quanto você olha para a Ferrari, eles (pilotos da equipe) tiveram mais problemas", disse Wolff.

O próximo GP do calendário da F-1 será na Espanha, no dia 12 de maio, em Barcelona, onde a Ferrari se destacou nos treinos desta pré-temporada. Desta forma, seria um bom lugar para a equipe de Maranello começar uma reação no ano, antes que comece a ficar tarde demais para conseguir ameaçar o domínio que vem sendo imposto pela Mercedes.

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