Único representante do São Paulo na seleção dos melhores do Campeonato Paulista, premiação organizada pela Federação Paulista de Futebol (FPF) na noite de segunda-feira, na capital, o zagueiro Bruno Alves afirmou que o elenco não sabia do doping do atacante Gonzalo Carneiro. O uruguaio foi pego em exame feito pela entidade e gerido pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) por suspeita de uso de cocaína.
"Fiquei sabendo agora (segunda-feira). Foi folga, passei o dia longe do celular, fiquei sabendo agora pela imprensa, não tenho conhecimento de nada e eu só espero que dê tudo certo para ele, que a gente está para ajudar ele no que der e vier", disse o zagueiro, na cerimônia de premiação da FPF.
Carneiro tem até esta quarta-feira para pedir o exame de contraprova. O São Paulo confirma que foi avisado pelo próprio jogador sobre a notificação da ABCD, mas o clube só vai se manifestar quando receber a documentação oficial. Pelo Código Brasileiro Antidoping, ele pode ser punido com até dois anos de afastamento dos gramados.
O São Paulo justificou a ausência do atleta na final contra o Corinthians, no último domingo, afirmando que ele estava com uma tendinite no joelho esquerdo. Bruno Alves confirmou o tratamento. "Ele estava com uma tendinite, foi isso que ele tratou a semana inteira. Ele até tentou treinar na sexta-feira e não conseguiu, foi por causa desse motivo que ele ficou de fora", declarou o zagueiro.
O uruguaio foi contratado pelo São Paulo em abril do ano passado com contrato até 31 de março de 2021. O São Paulo pagou ao Defensor, do Uruguai, 800 mil dólares (R$ 2,6 milhões à época) por 50% dos direitos do atacante. Em 24 partidas (nove neste ano), fez apenas um gol.
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